Opinião

FELICIDADE EM MOVIMENTO | Criatividade: liberte-a!

FELICIDADE EM MOVIMENTO | Criatividade: liberte-a!
Crédito: Adobe Stock

“Um aspecto essencial da criatividade é não ter medo de errar” (Dr. Edwin Land)

Pensar o que ainda não foi pensado, enxergar em direções ainda não cruzadas, sentir emoções nunca sentidas, isto é, percorrer caminhos ainda não trilhados. Criatividade é esse processo de descoberta do novo, do inédito! É transformação, é intuição, é liberdade, é ousadia. É deixar a sua criança interior existir, é se permitir errar, é se permitir ser. É originalidade, não é dom, é permissão, leveza! A liberdade criativa é condição para uma vida autêntica!

Ser criativo é ter coragem para mudar, questionar, não repetir. É deixar o que se sabe de lado, para perceber o que não se conhece. Muitas vezes prender-se ao conhecimento prévio impede a criação de novos pontos de vista. A Fenomenologia utiliza uma técnica denominada epoché, que diz da importância de enxergar o fenômeno como se apresentasse pela primeira vez à consciência.

A criatividade é uma virtude humana desde os primórdios da civilização, quando os povos primitivos criaram as primeiras ferramentas utilizando as rochas ou lascas de ossos de animais para construir os seus instrumentos de caça e de coleta de frutos silvestres.  A criatividade se manifesta com muita força diante das necessidades e da falta de recursos; se antes os objetos eram criados para garantir a subsistência, hoje a maioria das invenções visa trazer mais conforto, rapidez e conectividade.

É possível afirmar que a criatividade flui com mais intensidade na infância. As crianças inventam seus próprios brinquedos ou suas brincadeiras: uma tampa de panela pode ser transformada em volante de automóvel, que muitas vezes é uma caixa de papelão. Isto se refere à engenhosidade na busca de soluções práticas para o dia a dia. Assim, toda atividade humana, quando é realizada fora dos contextos de cobrança e de expectativa, é mais propícia a ser desenvolvida de forma criativa e pode ser potencializada se houver troca de ideias e de pensamentos. As primeiras invenções se deram de maneira individualizada, solitária, mas as descobertas e criações nos dias atuais ocorrem a partir do trabalho de equipes alinhadas para a busca da inovação ou da solução de problemas.

Sendo a criatividade virtude inerente a todo ser humano, portanto presente em todos nós, nem sempre é colocada em prática e desenvolvida. E por quê?  Muitos são os fatores, a começar pelo processo educacional que tem uma boa parcela de responsabilidade pelo atrofiamento do potencial criativo. Somos avaliados positivamente quando nossas respostas assemelham às dos mestres. É o modelo da reprodução do pensamento pré-existente. Nos sentimos mais seguros em repetir o que já foi aprovado no passado, temos medo de ousar, de demonstrar o nosso potencial.

Como já dizia Nelson Mandela: É a nossa luz, não as nossas trevas o que mais nos apavora. Por isso, devemos sempre nos perguntar: Quem sou eu para ser brilhante, maravilhoso, talentoso e fabuloso?”

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