Opinião

JK – Cultura, Desenvolvimento e Civismo

JK – Cultura, Desenvolvimento e Civismo
Crédito: Arquivo público DF

“Já não se fazem mais Juscelinos como antigamente”! (Jornalista Carlos Chagas)

O Dia Mundial do Serviço Leonístico foi, mais uma vez, festejado pelo Lions em Minas Gerais. Concorrida solenidade reuniu no auditório do Tribunal de Contas MG autoridades, representantes de segmentos comunitários e Clubes do Distrito LC4, que tem como governadora Lane Lourdes de Souza Costa. O ato foi também patrocinado pela Academia Mineira de Leonismo, presidida por Maria da Graça Amaral. Daniel Antunes Jr foi homenageado por seus 101 anos de vida. Médicos que atuaram no combate à pandemia foram agraciados com diplomas “Solidariedade Social”. A Orquestra- Show da Policia Militar abrilhantou o evento.

 Este escriba recebeu a medalha “JK – Cultura, Desenvolvimento e Civismo”, anualmente atribuída a pessoas que trabalham em prol de causas sociais.

 As palavras e conceitos alinhados a seguir, reproduzidos nesta e na próxima edição compuseram o pronunciamento que fiz.

“Recorro a refrão de conhecida canção de nossa MPB para dizer, comovidamente, aos caríssimos amigos, que “vocês abusaram, tiram partido de mim, abusaram”. Não se deram conta de que poderiam sufocar este companheiro numa torrente de emoções. Olvidaram minha condição de bisavô de 7 bisnetos. Esqueceram-se da circunstância de eu já haver completado 45 anos pela segunda vez consecutiva. Antigo provérbio chinês, que eu inventei ainda agora, diz não existir em idioma algum vocabulário suficiente para traduzir o tropel de emoções que se apodera de um pobre mortal acariciado por tanta amorosidade, fruto do poder mágico da amizade. Registro eterna gratidão a todos, especialmente aos que tiveram participação direta na organização desta festa tão rica em colorido humano: Governadora Lane e Ary, Graça, Carmem Lucia, Celeste, Vespasiano e Madalena. A homenagem ficará guardada no universo de minhas recordações mais ternas, valendo como compensação para aqueles instantes perturbadores inevitavelmente enfrentados na peregrinação terrena.

 Compartilho das manifestações de apreço merecidamente prestadas aos valorosos médicos que, coerentemente com os preceitos hipocráticos, atuaram na vanguarda heroica do combate à Covid. Aplaudo também a justa louvação que se faz à figura majestática de nosso estimado Daniel. Com seus 101 anos de existência fecunda, o nosso inoxidável decano é símbolo dos valores que conferem dignidade à vida. Lúcido, atuante ele nos brinda permanentemente com lições de sabedoria adquiridas em sua febricitante lida como escritor, historiador, empresário. Na véspera de seu centenário, procurei-o para saber se carecia de ajuda dos companheiros nos arranjos da comemoração. Ele disse que estava tudo nos conformes. Restou-me como explicação aos amigos que o melhor era cuidarmos dos preparativos de seu segundo centenário. 

  Ser galardoado com a medalha que tem como patrono JK constitui honra suprema. Juscelino, um contemporâneo do futuro, foi o homem público brasileiro que, nos cargos desempenhados, melhor encarnou o sentimento nacional. Brasília, sem mais nada, bastaria por si só para consagrá-lo. No dia da inauguração da Capital, a professora Júlia Kubitschek, mirando pela janela do hotel o cenário grandioso do empreendimento que encantou o mundo, exclamou: “- só mesmo Nonô para fazer algo assim!” Mas Nonô, democrata autêntico, fez muito mais, interiorizou o desenvolvimento, espalhou usinas hidrelétricas por todos os rincões, construiu estradas, modernizou o País, valorizou a cultura, fez o Brasil avançar 50 anos em 5. Sua incomparável obra levou o jornalista Carlo Chagas a proclamar em certa ocasião que “já não se fazem mais Juscelinos como antigamente”!  E seu adversário político Afonso Arinos, a dizer que, “no futuro, dos cidadãos ilustres de uma geração inteira  apenas o nome de Kubitschek será lembrado”.

 A conclusão deste pronunciamento fica para o comentário vindouro.

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