Opinião

Metaverso: novos desafios para marcas e organizações

Metaverso: novos desafios para marcas e organizações
Crédito: Freepik

O termo metaverso ganhou destaque nos últimos tempos e até parece mais uma moda, mas pelo que tudo indica, não é. Toda nova tecnologia ou comportamento surge a partir de uma pressão que rompe com velhos paradigmas. Faz parte do cotidiano dos mais jovens a superexposição  nas redes sociais com selfies, stories, vídeos curtos do Tik Tok e Reels.

Esse mundo ideal construído passa a retratar, de certa forma, a nossa realidade. Além disso, a pandemia incluiu o ambiente digital como espaço de trabalho e estudo de milhões de pessoas ao redor do mundo. Tivemos que nos digitalizar ao máximo em tempos de pandemia. Somado a isso, está chegando a tecnologia 5G, que deixará a internet 100 vezes mais rápida e preparada para ambientes virtuais como o metaverso.

O crescimento do metaverso tem atraído também, é claro, as empresas que já começam a olhar para esse movimento. Espaço de interação, oriundo dos jogos digitais, o metaverso vai permitir a construção de avatares com um grau de realismo e verossimilhança jamais vistos antes. Empresas com a Unreal Engine já desenvolvem esse tipo de aparência para o metaverso. Quanto mais nos reconhecemos, mais a facilidade de adoção dessa tecnologia.

A história dos mundos virtuais não é nova. Em 2003, surgiu o Second Life, mas  a sociedade digital não estava preparada como agora. A tecnologia não é o único fator preponderante para adoção por parte dos usuários. Há também uma questão cultural e social em jogo. No Second Life, os avatares não representavam nossas características, nem as que gostaríamos de ter.  Sem essa representatividade e semelhança com o mundo real, a permanência no ambiente não era suficientemente atraente – nem para as pessoas nem para as marcas.

Segundo pesquisa da MMA Culture Group, o metaverso será uma realidade paralela que existirá em tempo real. Mas o desafio ainda está na falta de interoperabilidade do sistema. Os avatares precisam trafegar por diversos mundos, utilizando desde dispositivos de realidade mista e estendida (VR/AR), até smartphones e tablets.

Oportunidade real para as marcas – No metaverso, estaremos vestindo, consumindo as marcas e não apenas sendo expostos a elas. Os mundos virtuais compartilhados combinam a mecânica dos jogos, eventos interativos massivos e ao vivo, além da venda de bens digitais negociados a partir de NFTs.

Esse comércio virtual apresenta o novo campo de batalha para conquistar a atenção e o bolso do consumidor. Isso explica a rápida adoção das grandes empresas que já fazem negócios por lá, como Adidas, Nike, Gucci, O Boticário, entre outras. As lojas serão espaços de interação e de convívio e você poderá comprar produtos para consumo próprio – no mundo real, ou para o seu avatar. O interesse das empresas está não apenas no pioneirismo, mas também no ganho rápido de aprendizagem propiciado por essa nova dinâmica digital.

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