Opinião

O complexo e inovador agro brasileiro

O complexo e inovador agro brasileiro
Interessados em investir no agro já podem aplicar em Cédula de Produto Rural (CPR); papel do Estado é desenvolver mercado | Crédito: Divulgação

São 5,037 milhões de estabelecimentos agropecuários nas paisagens rurais brasileiras, entre familiares, médios produtores e grandes empresários, que ofertam grãos, cereais, oleaginosas, energia limpa renovável, fibras, alimentos orgânicos, agroecológicos, frutas, hortaliças, produtos de base florestal, mel, peixes de cativeiros, carnes (suínos, bovinos e aves), plantas fitoterápicas, entre outros, o que revelam as complexidades do agronegócio e as demandas por inovações tecnológicas sustentáveis em milhões de hectare anuais nas paisagens de campo.

O conhecer para decidir passa por um vigoroso e dinâmico sistema de pesquisas agrossilvipastoris e decifrando os caminhos da comercialização por vias internas e externas.

A trilogia comprar bem, produzir com eficiência e vender com lucro é um permanente desafio para quem planta, cria, abastece e exporta, configurando um diversificado cenário mundial de sustentabilidade dos recursos naturais, embora polêmico, senão, fundamentando numa presumível plataforma política, econômica e ambiental no viger desse século XXI.

Debitar somente aos produtores rurais essa tarefa hercúlea, exigente e bilionária seria um grave erro de perspectiva num considerável horizonte de tempo nesse país definitivamente urbanizado! Além disso, o sistema agronegócio, que abastece e exporta para mais de 200 países, promove milhões de empregos diretos e indiretos, pelas ofertas das matérias-primas agropecuárias e consequentes dos esforços de plantar e criar. Por outro lado, a rede supermercadista brasileira, estratégica, atende diariamente 28 milhões de consumidores, e onde predomina a venda de alimentos in natura e processados.

Milhões de veículos automotores são abastecidos com etanol (cana-de-açúcar e milho), e a depender também da relação gasolina/etanol. A frota de carretas graneleiras é substantiva; o Brasil tem a 2ª aviação agrícola do mundo; avança na construção de ferrovias para embarque e transportes de grãos. Os EUA têm 295 mil km de ferrovias, e o Brasil, 30 mil km.

E mais, os cinco primeiros Valores Brutos da Produção (VBP) agropecuária estimados para o dezembro de 2022, a preços pagos aos produtores em novembro passado, são: Mato Grosso (1º), R$ 211,4 bilhões; São Paulo (2º), R$ 142,17 bilhões; Paraná (3º) R$ 140,78 bilhões; Minas Gerais (4º), R$ 132,27 bilhões; e Goiás (5º), R$ 106,79 bilhões = R$ 733,42 bilhões (Mapa).

Por outro lado, a posição do Brasil no mercado mundial é a seguinte: 1º lugar, produtor e exportador, café, suco de laranja, açúcar, celulose. Carne bovina, 2º produtor e 1º exportador; carne de frango, 2º produtor e 1º exportador; milho, 3º produtor e 2º exportador.

E mais, soja grão; 1º produtor e exportador; farelo de soja, 3º produtor e 2º exportador; óleo de soja, 3º produtor e 2º exportador; algodão, 4º produtor e 2º exportador; carne suína, 4º produtor e exportador (Mapa). Nos cenários do agronegócio brasileiro, somam-se ainda que de janeiro a novembro de 2022 as exportações lograram US$ 148,2 bilhões, e o superávit foi de US$ 132,4 bilhões.

Segundo a Conab (3º Levantamento) e comparando a safra de grãos de 1980 de 50,8 milhões de toneladas, com a de 22/23 estimada em 312,1 milhões, haverá um crescimento de 514,3%.

Revela-se também que as logísticas operacionais no território brasileiro, o 5º maior do mundo, abrangendo as rodovias, ferrovias, hidrovias, duto-vias e portos assumem conectividades indispensáveis e estratégicas, para trânsito de mercadorias e insumos. O VBP agropecuária brasileira deverá atingir R$ 1,3 trilhão em 2022, e presumo que o PIB do agronegócio poderá superar R$ 2 trilhões.

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