Opinião

O debate na Band

O debate na Band
Crédito: REUTERS/Carla Carniel

“Coadjuvantes roubam a cena” (“Globo”,  comentando debate dos “ presidenciáveis”)

1) Candidatos da chamada “terceira via” roubaram a cena

Nas redes sociais, partidários de Bolsonaro e Lula revelaram-se eufóricos com relação ao desempenho de seus ídolos no debate entre “presidenciáveis” na Rede Bandeirante de Televisão, no domingo que passou. Mas, o que parece haver prevalecido, no seio da opinião pública e majoritariamente nos comentários dos principais analistas políticos é a impressão de que os candidatos apontados como detentores de melhores chances de vencer a eleição de outubro foram ofuscados por, pelo menos, dois contendores: Ciro Gomes, do PDT, e Simone Tebet, do MDB.  Consultas feitas pelo “Datafolha” e pelo “Quaest” assinalaram que os candidatos da chamada “terceira via” citados se houveram melhor no embate. Lula jogou mais na retaguarda numa tentativa de blindar-se contra as críticas ao seu período de governo. Bolsonaro comportou-se de forma agressiva, chegando ao extremo de dirigir ofensas a uma jornalista presente ao evento, por discordar dos dados por ela colocados numa pergunta endereçada a Ciro Gomes. Levantamento qualitativo levado a efeito pelas duas instituições indicou que os votantes indecisos avaliaram a candidata Simone como melhor debatedora, seguida por Ciro. O candidato pior avaliado foi Bolsonaro, com 51% das menções negativas dentre os eleitores consultados. Já quanto a Lula, o índice apurado de menções desfavoráveis foi de 22%.

Entre amigos e conhecidos com quem tive oportunidade de trocar ideias sobre o debate, deparei-me com resultados assemelhados aos das pesquisas acima aludidas.

2) ameaça nuclear

Sinal alarmante de um mundo convulsionado por conta da insânia dos “senhores da guerra”. Cápsulas de iodo começaram a ser distribuídas nas proximidades da maior usina de geração nuclear da Europa, na Ucrânia, teatro de temerárias operações bélicas. Ocupada pelas tropas invasoras russas, o complexo energético em questão vem sendo alvo, volta e meia, de bombardeios. Os litigantes trocam acusações quanto à autoria dos disparos. As cápsulas de iodo são usadas como prevenção contra possível vazamento de radiação atômica em algum reator danificado. Explosão de maior envergadura, não descartável, infelizmente, face às circunstâncias poderá deflagrar catástrofe assemelhada ou mais impactante que a ocorrida, em passado recente, em Chernobyl. As consequências advindas de uma ocorrência assim afetarão todo o planeta.

Em janeiro deste ano de 2022, o famoso “Relógio Atômico”, ou “Relógio do Juízo Final”, instituído por cientistas para medir as tensões internacionais, anotava estarem restando 100 segundos para o “Apocalipse” e agora, no atual estagio da guerra na Ucrânia, como se posicionam os ponteiros fatídicos?

3) Segurança privada equivale a um Exército

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nosso País possui cerca de 600 mil pessoas atuando de forma irregular em funções de vigilância privada. Somadas às que fazem o trabalho de forma legalizada, o contingente chega 1,1 milhão. A composição desse quadro é em sua maioria de policiais “fazendo bico”. As autoridades veem a situação com apreensão, por óbvios motivos.

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