Opinião

O Iceg da PUC-Minas

O Iceg da PUC-Minas
#Opinião | Imagem: Pexels/ Adaptação: Will Araújo

No dia 3 de dezembro último, o DIÁRIO DO COMÉRCIO publicou uma boa reportagem com entrevista do diretor do Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais (Iceg) da PUC-Minas, José Chequer Neto. Poucos sabem como surgiu o Iceg. Seus cursos vieram da extinta Faculdade Municipal de Ciências Econômicas de Belo Horizonte (Famce), que foram transferidos para a Universidade Católica de Minas Gerais mediante um acordo entre a Universidade e a Prefeitura de Belo Horizonte. Todos os cursos da Famce tiveram origem no Instituto Municipal de Ciências Contábeis (Imaco), aproveitando vários de seus professores. Quando começou a funcionar, a Famce funcionava no prédio próprio do Imaco, no Parque Municipal, que pertencia à Prefeitura de Belo Horizonte. O Imaco ainda funciona hoje, mas em outro local e sem ter mais as características de melhor escola de contabilidade de ensino médio de Belo Horizonte e de Minas Gerais.

Sou ex-professor do Imaco e, sob a liderança do professor Sadi da Silva, que era diretor dessa autarquia municipal, fundamos uma nova entidade para lecionar em nível superior os cursos de economia, administração de empresas e contabilidade. Foi realmente uma nova entidade de ensino pertencente à PBH. Afinal, se tínhamos uma escola de contabilidade de excelente nível, porque não fundar uma faculdade, muitas vezes dando sequência ao que os alunos haviam aprendido. Iniciamos a vida acadêmica da Famce aproveitando boa parcela dos professores do Imaco. Entretanto, ela ainda não era reconhecida pelo Ministério da Educação. Para ser reconhecida como faculdade, precisava ter todos os seus professores também reconhecidos pelos conselhos estaduais e federais de educação.

O processo de reconhecimento dos cursos da Famce que já estava funcionando ainda não tinha seus cursos reconhecidos. Isso demorou algum tempo mais. Esta nova autarquia de Belo Horizonte já funcionava desde 1969, mas somente um ano depois, agosto de 1970, pelo Decreto nº 67.055, assinado pelo ex-ministro da educação Jarbas Passarinho e pelo presidente da República da época, General Emílio Garrastazu Médici, os cursos da Famce foram reconhecidos. Todo o processo de reconhecimento de seus cursos teve que ter o necessário “de acordo” das autoridades federais. Nós, então professores da Famce, passamos a ser, além de professores titulares, também professores catedráticos, porque a Famce tinha uma congregação composta de todos os professores titulares. O que a nova faculdade tinha de diferente era que os seus cursos eram integrados e aqueles alunos que se formassem ali tinham, cumulativamente, os diplomas de economistas, administradores e contadores. Os cursos dessa faculdade municipal foram de excelente nível e, muitos ex-alunos se tornaram figuras eminentes no cenário econômico mineiro e brasileiro.

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