Para inovar, atenção ao mercado
Janguiê Diniz*
Inovar não é um processo fácil, é verdade. É preciso pesquisa, esforço, dedicação, vontade, testes, várias interações, validações, mas, principalmente, atenção ao mercado, sob as óticas da concorrência e do público. Uma empresa que quer sobreviver na conjuntura econômica e tecnológica atual precisa, de fato, manter constante estudo sobre as tendências que se apresentam no mercado, sob pena de ficar para trás e, em último caso, ir à falência.
O benchmarking é uma técnica já amplamente utilizada no âmbito empresarial. Consiste, grosso modo, na comparação que uma empresa faz de suas práticas, técnicas, produtos e serviços com os de uma concorrente, a fim de melhorar sua atuação. Acredito que essa deva ser uma conduta ainda mais presente no cenário atual.
É preciso saber o que a concorrência está fazendo, como está lidando com as demandas do mercado, que caminhos toma para atender às necessidades do público. Assim, é possível se aprimorar – e isso não tem a ver com cópia ou plágio. Uma organização que não acompanha a realidade de mercado em que está inserida fica ameaçada de perder espaço.
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Estamos na chamada Quarta Revolução Industrial, marcada pelas tecnologias digitais. Nesse contexto, em que já há mais smartphones do que pessoas no mundo e vivemos conectados, com experiências personalizadas, o público é que define as tendências do mercado – o contrário do que acontecia no século passado. Não se pode mais querer ofertar um produto ou serviço e esperar que ele seja aceito de qualquer forma pela clientela.
Hoje, o consumidor é exigente, quer que tudo seja feito do seu jeito. Lidar com esse tipo de demanda é talvez o maior desafio das empresas que querem inovar. Imprescindível se faz ter contato perene com seus clientes, investir em pesquisa e desenvolvimento para oferecer soluções cada vez mais adequadas às necessidades. Há que se pensar que um cliente satisfeito tem um grande poder: o de propagar sua marca.
O mercado atual não é para amadores. É competitivo, mutável, inconstante e acelerado. Isso exige das empresas e, consequentemente, dos profissionais cada vez mais atenção e profissionalização. A Internet das Coisas, tida como o “futuro”, já é uma realidade do presente que modificará substancialmente as relações de consumo nos próximos anos. Estamos preparados?
- Mestre e Doutor em Direito – Fundador e Presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional
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