Opinião

Parcerias para a sustentabilidade do Hospital Evangélico de Belo Horizonte

Parcerias para a sustentabilidade do Hospital Evangélico de Belo Horizonte
Crédito: Divulgação

Perseu Perucci*

Com 75% de serviços prestados via Sistema Único de Saúde (SUS) e 25% por meio de convênios com operadoras e particulares, o Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE) é uma instituição filantrópica que cumpre a missão de ampliar a oferta de serviços médicos e ambulatoriais públicos para a população.

Além da unidade hospitalar, no bairro Serra, região Centro-Sul da capital mineira, a estrutura é composta por outras nove unidades localizadas em Belo Horizonte, Contagem e Betim. Entre elas, destacam-se quatro Centros de Nefrologia com mais de 3,5 mil pacientes renais crônicos em tratamento, dois Centros de Oftalmologia e um Centro de Oncologia que acompanha mensalmente mais de 1,4 mil pessoas, entre as quais 1,2 mil mulheres.

Além das cidades de origem, o HE é garantia de atendimento especializado para a população de mais de 40 municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde não existe uma estrutura montada para esses procedimentos. Com alcance estadual, a unidade de Transplantes é especializada em cirurgias renais e de córnea, o que coloca a instituição em lugar de destaque entre os fornecedores de serviços de alta complexidade para o SUS. Atualmente, a nossa lista de espera é superior a 500 pacientes, apenas para transplante renal.

Em seus quase 77 anos de atividade, muitos desafios foram vencidos. A abertura de unidades e a expansão da sua capacidade de atendimento em áreas tão específicas da Medicina são fatos que demonstram a robustez e o compromisso da instituição. Há pouco mais de um ano, iniciamos um profundo choque de gestão que está revolucionando a operação de todas as unidades e também a cultura organizacional, de forma a demonstrar que a sustentabilidade financeira de uma instituição filantrópica também passa por parcerias com a sociedade.

Uma das frentes nas quais vamos intensificar nossa atuação é na captação de emendas parlamentares municipais, estaduais e federais. Com esses recursos, temos conseguido melhorar a área de diagnósticos médicos e fazer intervenções que potencializam a qualidade do atendimento aos pacientes, no hospital e nas demais unidades.

Neste ano que começa, estamos com a energia renovada para apresentar o HE aos parlamentares, ressaltando a importância das verbas, também, para a redução do déficit financeiro causado pela defasagem da tabela praticada pelo SUS, que não acompanha os altos custos do setor médico-hospitalar. Atualmente, cerca de 15% da receita é proveniente das emendas parlamentares e dos benefícios governamentais atrelados ao cumprimento de metas do Sistema, mas esse montante ainda não tem sido suficiente para a sustentabilidade financeira da instituição. 

Para além dos recursos públicos, temos grande interesse em ampliar a nossa lista de empresas parceiras, que poderão nos apoiar em projetos como o da adequação da sala que vai receber o primeiro mamógrafo do HE, no Centro de Oncologia de Betim, no início deste ano. O equipamento viabilizado por meio de emenda parlamentar vai aumentar a oferta de mamografias no Estado, um ganho para as mulheres mineiras e para a prevenção de uma doença que, quando diagnosticada no estágio inicial, tem excelentes chances de cura.

Outro projeto que vai aumentar a capacidade da unidade hospitalar é a ampliação do bloco cirúrgico e dos leitos de UTI da nossa unidade hospitalar. Estamos de portas abertas para receber organizações que, como nós, têm o compromisso com a causa da saúde pública brasileira, a mais nobre entre as tarefas, porque trata da melhoria das condições de vida do povo mais carente.

*Superintendente Executivo da Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais, mantenedora do Hospital Evangélico de BH e de mais 9 unidades assistenciais na capital, Contagem e Betim

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