Opinião

Quem não inova torna-se obsoleto

Quem não inova torna-se obsoleto
Crédito: Divulgação

 Você sabia que a criatividade e a inovação são dois elementos extremamente importantes para as empresas, especialmente em um contexto no qual a concorrência é crescente, e os clientes estão cada vez mais exigentes? É isso mesmo! Além disso, existe uma demanda constante pela adoção de novas tecnologias e automação dos processos.

Primeiramente, é fundamental desmistificar o termo inovação. Até hoje, é frequente ele ser atrelado à implantação de tecnologia, o que, de fato, não é verdade. Vale lembrar que inovar é olhar para aquele processo que você faz todos os dias e pensar em como pode ser melhorado, para que a entrega tenha mais qualidade, seja realizada em menos tempo e com menor custo. Isso, sim, é um movimento de inovação. Evidentemente, quando também se pode contar com ferramentas tecnológicas para essa transformação, melhor ainda.

Diante disso, as organizações aumentam sua busca por profissionais talentosos, aqueles que geram resultados perenes para o negócio, que são questionadores. Dessa forma, elas promovem a mudança do status quo, da maneira como tradicionalmente as coisas são feitas. Para se encaixar nesse perfil desejado pelas corporações, é primordial que você consiga ter autoconhecimento consolidado. Quer dizer, conhecer bem quem se é e quais suas principais competências e habilidades, assim como o que ainda é necessário aprimorar em relação aos seus gaps. Esse entendimento pode ser obtido por meio da terapia ou mesmo por um método qualificado de coaching

Quem quer inovar precisa reunir algumas competências e habilidades (soft skills), como abertura mental, flexibilidade, adaptação, resiliência e maturidade emocional, pois alterar aquilo que se faz constantemente não é simples nem fácil. Na teoria, funciona muito bem, mas, na prática, sabemos que incomoda. No entanto, quando a tarefa de sempre promover mudanças se torna uma rotina, o processo fica mais leve e eficiente. 

Profissionais que não inovam estão fadados ao fracasso, uma vez que o que funciona hoje poderá já estar obsoleto amanhã. Em um mundo “Vuca”, ou seja, volátil, incerto, complexo e ambíguo, a única certeza que temos é de que tudo se move e se direciona o tempo todo.

Com estruturas cada vez mais enxutas dentro das organizações, clientes mais exigentes e custos como foco de redução, ser criativo e praticar a inovação é de suma importância para as organizações. Isso porque já é sabido que somente perdurarão, ao longo do tempo, aquelas empresas que de fato conseguirem inovar com criatividade e, assim, surpreender os atuais e futuros clientes.

Portanto, é vital, nesse contexto, que as lideranças atuem na construção de espaços que favoreçam o desenvolvimento da criatividade e da inovação, especialmente com a ampliação da diversidade dentro do ambiente corporativo. Para isso, precisam integrar cada vez mais pessoas com ideias, personalidades, culturas e desejos completamente distintos. Assim, conseguirão montar uma arena propícia para traçar constantemente novos caminhos. Evidentemente, para que isso ocorra, é preciso boa gestão e o líder deve ter escuta ativa, dar voz aos seus liderados e, sobretudo, gerenciar e mediar conflitos. Isso é importante, pois, com tanta pluralidade presente, especialmente de pensamento, há risco de atritos entre os colaboradores. 

Neste cenário, estruturas mais hierarquizadas e autoritárias têm grande dificuldade de inovar. O que é ruim, porque, entre outros fatores, afeta drasticamente a retenção dos melhores talentos. Ao perceberem que não há espaço para questionar o status quo e promover o novo, esses profissionais buscam empresas que proporcionem o desenvolvimento de projetos mais expressivos e onde possam atuar nessa construção, atrelando as ações aos seus objetivos de vida, propósito e legado. E se falamos cada vez mais da importância da felicidade no trabalho, é contraditório dizer que se possa ser feliz em ambientes onde não há inovação. 

Portanto, é fundamental que esse assunto seja discutido nos Conselhos de Administração ou pelos presidentes das organizações, em função de sua relevância, e por estar totalmente vinculado à governança corporativa. As empresas mais estratégicas já entenderam isso e têm formatado programas de lideranças, para capacitar seus colaboradores por meio de metodologias ágeis e novas ferramentas disponíveis. O intuito é justamente conceber e proporcionar esses ambientes criativos e inovadores, para potencializar o business e prepará-lo para os próximos tempos. 

 

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