Reparação, segurança e pessoas: o norte da Vale

Três anos e meio se passaram desde o rompimento da barragem B1, em Brumadinho. Esse episódio foi um divisor de águas para a Vale, desencadeando uma transformação cultural profunda em nossa empresa. Pessoas, segurança e reparação são o norte de nossa gestão. Temos trabalhado incansavelmente para garantir que o município seja recuperado nos âmbitos social e ambiental; que os atingidos sejam compensados; e que um evento como aquele nunca mais se repita.
Desde o primeiro momento, assumimos a nossa responsabilidade. Agilizamos doações e indenizações individuais, fornecemos ajuda psicológica e estancamos os danos ambientais. Buscamos indenizar, o mais rapidamente possível, todos aqueles que foram impactados. Mais de 13 mil pessoas firmaram acordos com a Vale, com pagamento superior a R$ 3,1 bilhões.
Temos nos dedicado a recuperar a região, contribuindo para promover um desenvolvimento duradouro. Estamos realizando projetos que possibilitem a diversificação econômica, por meio de mentorias e capacitação para fomentar o empreendedorismo e o potencial turístico na região, gerando mais empregos e renda. Também estamos destinando recursos para fortalecer o serviço público e a infraestrutura urbana, com a construção de creches e melhoria da atenção básica na saúde.
Para a reparação ambiental, fomos atrás de técnicas inovadoras e sustentáveis, com apoio da Universidade Federal de Viçosa. Atualmente, uma área equivalente a 27 campos de futebol está em processo de recuperação e inclui, além de locais diretamente atingidos pelo rompimento, reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APP).
Mais do que reparar, é preciso compensar os danos coletivos causados. Um avanço nesse compromisso foi o Acordo de Reparação Integral, selado em 2021, no valor estimado de R$ 37,7 bilhões. Aproximadamente R$ 18,5 bilhões foram desembolsados pela Vale. O acordo trouxe mais transparência e legitimidade para as ações que já vinham sendo realizadas desde 2019 e estendeu a compensação para todo o estado.
Dentro dos projetos previstos no acordo, estão em andamento ações para estruturação de Salas de Emergência e manutenção de estradas rurais para todos os 26 municípios impactados, além de iniciativas para reduzir a dependência econômica da mineração, como o Distrito Industrial em Brumadinho e a oferta de cerca de seis mil vagas para qualificação profissional.
Cabe citar ainda a destinação de R$ 4,4 bilhões para o Programa de Transferência de Renda, solução definitiva para o pagamento emergencial feito pela Vale de abril de 2019 até outubro de 2021, e que agora é conduzido por instituições da Justiça e pela Fundação Getulio Vargas, sem nossa participação.
Com o objetivo de que tragédias nunca mais ocorram, não poupamos esforços para aumentar a segurança de nossas operações. A Vale reformulou a gestão de suas barragens, em linha com as boas práticas adotadas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, na sigla em inglês), com uma abordagem mais preventiva, focada na segurança das pessoas e nos cuidados com o meio ambiente.
Temos a obrigação legal de encerrar o uso de barragens a montante, isto é, construídas sobre rejeitos. Nove das 30 estruturas desse tipo já não existem mais. E, para este ano, está prevista a conclusão das obras de mais três delas. Com isso, a Vale deverá encerrar 2022 com 40% das suas estruturas a montante eliminadas.
Seguimos realizando a escuta ativa das comunidades e do poder público, atentos às necessidades dos impactados pelo rompimento e pelas evacuações ou realocações preventivas em decorrência das barragens. E a transformação cultural da nossa empresa é essencial nesse processo. Estamos empenhados em aprender continuamente para consolidar o nosso novo pacto com a sociedade. Investimos e trabalhamos para o desenvolvendo das comunidades em que atuamos. E, cada vez mais, incluímos as pessoas no centro de nossas decisões, com o propósito de melhorar a vida delas e, juntos, transformar o futuro.
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