Vejam estas outras

Cesar Vanucci*
“Celebramos o anúncio da OMS. Mas vamos continuar convivendo com a Covid-19, por isso a importância da vacinação” (Ministra da Saúde Nísia Trindade )
Pirraça: a expressão se encaixa admiravelmente na postura assumida pelos tecnocratas do Copom. Sua obstinação no tocante à manutenção da taxa Selic no patamar estratosférico em que se encontra revela falta de sensibilidade social e política. Enervante o protagonismo por eles assumido nesse embate inglório com o bom senso e aspiração das forças produtivas da Nação. Pensando bem, a questão da autonomia do Banco Central carece ser reavaliada. Não há justificativa plausível para que a pornográfica taxa básica de juros continue em altura everestiana.
As plataformas digitais extrapolaram os limites. O posicionamento adotado quanto ao projeto, em tramitação, no Congresso, que criminaliza as famigeradas “fake news”, os discursos de ódio, a propagação da violência e a difusão de material contra a democracia é de uma insolência brutal. Fere em cheio os valores republicanos. A vigorosa reação do Ministério da Justiça e do Parlamento às abusivas manifestações dos aplicativos ao se insurgirem contra o Projeto da regulamentação repercutiu positivamente perante a opinião publica.
O Brasil deixou, alvissareiramente, a condição de descredenciado espectador, a que se viu rebaixado nos últimos anos, para ascender ao papel de protagonista em confabulações relevantes no cenário internacional. Os novos rumos da Diplomacia definidos pelo governo vêm gerando perspectivas promissoras de cunho político e econômico. No Itamaraty, há quem veja, nessa retomada de posição, a possibilidade de prosperar antiga reivindicação, que chegou a ser enxergada com bons olhos por alguns países, no sentido de o Brasil vir a ocupar acento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Jornalistas que cobriram a visita do presidente Lula ao primeiro-ministro inglês, quando da recente coroação real acreditam que a questão da presença permanente do Brasil naquele organismo haja sido cogitada durante o papo do Chefe de Estado brasileiro e o Chanceler Britânico, na 10 Downing Street.
A mega sena das joias generosamente ofertada pelos monarcas sauditas ao ex-presidente Jair Bolsonaro gerou uma sequência de “trapalhadas”, cometidas pelo próprio e seus disciplinados ajudantes de ordem, capaz de compor enredo hilariante para comédia cinematográfica. Pomo-nos a imaginar o quão divertidas serão as cenas do o inspetor Jacques Clouseau, da Sureté francesa, tomando as oitivas dos encarregados das explicações, sobre como os presentes chegaram aos locais onde ficaram guardados, entre eles a cama Box no sítio do Pique. Cenas não menos interessantes despontarão, fatalmente, da tentativa de esclarecer a motivação dos presentes milionários: mero gesto de camaradagem diplomática, simpatia pessoal ou agradecimento por algum favor prestado?
A Organização Mundial de Saúde anunciou, no ultimo dia 5 de maio, o fim da Emergência Global com relação à Covid-19. Recebida com certa sensação de alívio a noticia não significa a erradicação da doença. O mal, se bem que de forma mais branda, persiste. Continua fazendo vítimas. Isso leva ao reconhecimento de que a vigilância é recomendável. A vacinação, como ficou atestado, é o processo aconselhado para o combate eficaz das variantes do vírus. Cientistas brasileiros otimistas com a revelação alertam a população quanto aos cuidados preventivos a serem observados, que incluem a aplicação vacinal em dia, voltaram a enfatizar, pesarosos, que o numero de vítimas fatais da enfermidade, entre nós, poderia ter sido significativamente reduzido, não fosse a negligência governamental e o negacionismo científico.
*Jornalista ([email protected])
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