Você muda com a empresa?

É provável que você já tenha escutado a famosa frase: “Que seja eterno enquanto dure”. Caso não saiba, esta é uma adaptação do poema “Soneto de Fidelidade”, do compositor Vinicius de Moraes, e que aborda os sentimentos de amor e fidelidade em um relacionamento. Se analisarmos profundamente a frase, podemos perceber que ele sugere que independentemente do tempo empreendido em determinada relação, que seja intenso, produtivo e prazeroso até enquanto durar, ou seja, mesmo acabando um dia, é possível perceber que foi tão bom que pareceu eterno.
Trazendo a frase para o contexto das organizações, podemos aplicar a mesma análise. Se em um passado recente era muito comum profissionais dedicarem longos anos de sua vida à mesma organização em troca de uma certa estabilidade, hoje isso não é mais unanimidade. Cada vez mais as pessoas buscam atuar em organizações cujas práticas se conectem com seu propósito, afinal de contas, o que é legado senão empreender todo o nosso conhecimento em prol de uma sociedade melhor? E independentemente da posição hierárquica que ocupamos, é possível contribuir.
Evidentemente, não estou fazendo alusão e incentivando os profissionais a buscarem novas empresas a cada dia, até porque é possível se reinventar estando por anos na mesma organização. Todo o cuidado na gestão da carreira profissional é muito importante. Profissionais que vivem mudando de empresas sofrem impacto em suas carreiras, pois usualmente demonstram que não encerram ciclos, denotam ter baixa resiliência e até mesmo pouca resistência à frustração. E como bem sabemos, diariamente vivenciamos adversidades nas organizações e é preciso enfrentá-las.
Por isso, “que seja eterno enquanto dure” – ou seja, enquanto você estiver na sua posição, seja o melhor. Busque conhecimento, agregue pessoas e mostre constantemente sua relevância. Sobretudo, busque ser feliz! Uma vez que a vida tem demonstrado ser cada vez mais um sopro, que possamos aproveitar a nossa jornada aqui na Terra com sabedoria, respeito ao próximo e às empresas nas quais trabalhamos.
Ao longo de nossa vida, com o passar do tempo, queiramos ou não, vamos evoluindo como pessoa. É por meio das adversidades, conquistas, experiências e pessoas com as quais lidamos em nosso dia a dia, que vamos nos moldando e construindo novos costumes, metodologias, formas de nos posicionarmos, falarmos e até como nos vestimos. Afinal, a depender da idade, ambiente e contexto, isso tudo pode mudar, consideravelmente; não é verdade? Da mesma forma são as empresas. Elas evoluem ao longo do tempo – até mesmo as mais tradicionais, ortodoxas e que ainda usam o jargão “sempre funcionou assim”. Mudar é a única certeza que temos em nossa vida, seja por decisão própria, seja por fatos que nos rodeiam. E neste mundo Vuca, ou seja, volátil, complexo, incerto e ambíguo é preciso ter abertura mental para receber o novo. E isso está inclusive na Bíblia, livro mais antigo da sociedade, quando é dito em Eclesiastes, que “há tempo para tudo”.
Por isso, é de suma importância a busca contínua pelo autoconhecimento, pois desta forma, podemos observar no que somos bons; quais são nossas competências e habilidades, as chamadas softs skills; e quais os pontos ainda precisamos investir atenção e tempo para evoluir. Essa busca constante é o nosso combustível para estarmos sempre atentos às nossas melhorias pessoais.
A vida pede leveza e, cada vez mais, não à toa muitas empresas têm buscado uma gestão mais humanizada. Com foco nos resultados, mas com atenção especial às pessoas, que são àqueles que irão garantir a perenidade das companhias. E todos nós temos um papel a desempenhar neste contexto. Você tem contribuído para construir uma empresa melhor a cada dia, onde trabalha? A resposta certamente definirá se você será um profissional exitoso ou não.
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