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Conhecimento: o grande diferencial de Minas capaz de mudar o seu futuro

Minas Gerais é o estado com o maior número de universidades públicas e institutos federais do País
Conhecimento: o grande diferencial de Minas capaz de mudar o seu futuro
Crédito: Foca Lisboa/ UFMG

A construção do futuro de Minas Gerais passa pelo reconhecimento da identidade do Estado, seus diferenciais e o desenvolvimento de projetos que ampliem as oportunidades para seus cidadãos. Minas é conhecida pela extração de minérios e agropecuária, mas também possui elementos pouco conhecidos que podem agregar valor às atividades econômicas, como a produção de conhecimento.

Com o declínio da produção de ouro no século XIX, surgiu a necessidade de novas atividades que indicassem um futuro para o Estado. Em 1875, Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas de Ouro Preto, estabelecendo um núcleo de pesquisa e ensino voltado para formar engenheiros e avançar em direção à metalurgia, sendo essa uma das primeiras ações deliberadas para o desenvolvimento econômico e social do Estado. O trabalho de Alyson Paolinelli, na Universidade Federal de Lavras e na Secretaria da Agricultura, modernizou a Embrapa e revolucionou a agricultura brasileira.

Nas últimas décadas, Minas enfrentou avanços e retrocessos na diversificação econômica, mas manteve-se relevante na educação e na produção de conhecimento. Vamos aos dados.

Minas Gerais é o estado com o maior número de universidades públicas e institutos federais do Brasil (38), superando estados como São Paulo (32), Rio de Janeiro (21), Bahia (33) e Ceará (18).

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Entre 2021 e 2023, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) destacou-se na produção de patentes, ocupando posições de destaque em rankings e produzindo mais de 1.500 patentes no Brasil e no exterior, ficando à frente de universidades como USP e Unicamp. A universidade também possui mais de 60 empresas incubadas e 100 contratos de transferência com empresas em diversas áreas.

A produção acadêmica de Minas é igualmente notável. Entre 2014 e 2019, um estudo amplamente divulgado realizado por Carlos Brito revelou que sete universidades federais de Minas estavam entre as 50 que mais publicaram artigos científicos, sendo elas UFMG (6°), Viçosa (15°), Uberlândia (26°), Lavras (27°), Juiz de Fora (32°), São João del-Rei (41°) e Ouro Preto (46°). Em 2023, num ranking da Folha de São Paulo sobre pesquisa científica, a UFMG apareceu em 4° lugar, destacando-se em relação a outras federais.

Esses dados evidenciam a importância da produção de conhecimento em Minas. O Estado possui uma infraestrutura instalada para potencializar seu desenvolvimento por meio da pesquisa, ciência e tecnologia. É necessário aumentar a visibilidade das pesquisas universitárias e aproximar empresas das universidades, conectando a produção de conhecimento aos desafios estratégicos das empresas e do Estado. Isso é fundamental para reposicionar Minas como um Estado que vai além da produção de commodities agrícolas e minerais, construindo um caminho em direção à Prosperidade Real.

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