Política

Barbosa fala em ajustes na reforma tributária

Secretário de Fazenda de Minas Gerais quer articulação coordenada com governos estaduais para mudanças no texto da PEC
Barbosa fala em ajustes na reforma tributária
Congresso Nacional | Crédito: EBC

Responsável por presidir a 42ª reunião do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), o secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, falou, em coletiva de imprensa, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (29), sobre a preocupação dos governos estaduais em debater os últimos ajustes da Proposta à Emenda Constitucional que trata da reforma tributária.

Aprovada em segundo turno na Câmara Federal, em julho deste ano, a PEC 45 tramita no Senado e sua votação está prevista para o próximo dia 20 de outubro.

Segundo Barbosa, neste momento, a prioridade é para uma articulação coordenada, a fim de que sejam feitas mudanças no texto, apresentando como sugestões os pontos em que há consenso entre os governos estaduais.

“A gente tem trabalhado nos pontos convergentes. O relator da reforma, o senador Eduardo Braga, se mostrou sensível aos nossos consensos e achou que tem sentido tudo o que estamos buscando”, observou o secretário.

Uma das pautas prioritárias dos Estados é alterar o valor do Fundo de Desenvolvimento Regional, passando dos R$ 40 bilhões previstos a partir de 2027 para R$ 75 bilhões. O fundo é previsto na PEC como compensação pela perda de arrecadação causada com a implantação do novo sistema tributário proposto.

Outro ponto é o aprimoramento da governança do Conselho Federativo que será criado para centralizar a arrecadação e a distribuição do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) proposto na reforma.

“Sobre a composição do conselho, os Estados não abrem mão dessa independência federativa. Isso é um ponto frisado por todos. O Senado, que é uma casa federativa, sabe muito bem a importância disso”, enfatizou.

Ainda de acordo com Gustavo Barbosa, os secretários estaduais de Fazenda também reivindicam ajustes nas compensações previstas em função do fim dos incentivos fiscais.

Na última quarta-feira (27), representantes do Comsefaz participaram de uma audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça do Senado e defenderam que o texto final da reforma tributária precisa preservar o equilíbrio entre a carga tributária e as finanças estaduais sob pena de comprometer a execução de políticas públicas em áreas essenciais como Educação, Saúde e Segurança.

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