Política

Comissão da ALMG rejeita todas as emendas ao PL de reajuste dos servidores

Projeto pode ser apreciado em Plenário nos próximos dias
Comissão da ALMG rejeita todas as emendas ao PL de reajuste dos servidores
Sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária - análise de proposições | Crédito: Guilherme Dardanhan/ALMG

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) rejeitou as 56 emendas que haviam sido apresentadas em Plenário para o Projeto de Lei (PL) 2.309/24, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que prevê o reajuste salarial dos funcionários públicos civis e militares do Estado.

A maioria das propostas apresentadas na segunda-feira (27) visava aumentar o índice de elevação do vencimento básico de 3,62%, proposto pela administração estadual. Os deputados Sargento Rodrigues (PL), Ulysses Gomes (PT) e Beatriz Cerqueira (PT) votaram contra o parecer. Eles prometeram destacar algumas das emendas mais importantes, durante a votação em 1º turno, no Plenário, próximo passo na tramitação do projeto.

Entre os argumentos para rejeitar as emendas, o relator da matéria na comissão, deputado Zé Guilherme citou a geração de despesas extras para o Executivo, sem apresentar estudos de impacto financeiro. Outras, na opinião do relator, feririam o princípio constitucional de competência privativa do governador.

A deputada Beatriz Cerqueira e o deputado Sargento Rodrigues disseram que a mobilização dos servidores pela revisão salarial tem que ser feita agora, enquanto o projeto tramita em 1º turno. Os parlamentares convocaram os funcionários públicos a comparecerem na Assembleia, nesta quarta-feira (29), para acompanharem a votação em Plenário e pressionarem pela aprovação das emendas que podem aumentar os 3,62% proposto pelo governo.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Entre as emendas propostas na segunda-feira, estão a Emenda 57, assinada por 30 deputados, que autoriza o governo a dar 10,67% de recomposição salarial para os servidores da segurança pública. Esse percentual seria a reposição da inflação acumulada nos anos de 2022 e 2023; e também a Emenda 17, que propõe o índice de 10,67 % para todos os servidores do Estado: saúde, educação, segurança pública, administração e assim por diante, sem distinção.

O deputado Professor Cleiton (PV) também acompanhou a reunião e pediu que o governador Romeu Zema (Novo) reveja sua política “de não valorização dos servidores públicos”. Relembrou o reajuste salarial concedido ao governador, ao vice e aos secretários de Estado, recentemente, e também as isenções de impostos bilionárias, em favor de empresas privadas como as locadoras de veículos.

A deputada Beatriz Cerqueira voltou a criticar os baixos investimentos na educação, mas alertou que “nenhuma categoria será vitoriosa sozinha”. Na opinião dela, após a votação desse projeto de revisão salarial, “o governo vai virar a página e já vai partir para a privatização do Ipsemg e do IPSM”. (Com informações da ALMG)

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas