Política

Evento com Lula em Contagem tem apelo por Pacheco como governador

O ex-presidente do Congresso Nacional tem sido cotado como forte candidato para a disputa do cargo em 2026
Evento com Lula em Contagem tem apelo por Pacheco como governador
Foto: Ricardo Stuckert / PR

A cerimônia de entrega de máquinas agrícolas para municípios mineiros realizada em Contagem, nesta quinta-feira (12), com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi marcada por discursos de apoio ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para ser o próximo governador de Minas Gerais. O ex-presidente do Congresso Nacional tem sido cotado como forte candidato para a disputa do cargo em 2026. 

Além dos pronunciamentos oficiais de ministros e do próprio líder do Palácio do Planalto em tom favorável a Pacheco, o parlamentar mineiro foi ovacionado pela plateia presente no evento. O público, composto por vários prefeitos, deputados e vereadores do Estado, recebeu o senador mineiro sob aplausos e, por diversas vezes, gritou seu nome.

Lula, que já havia citado Pacheco como “futuro governador” durante uma visita a Mariana, também nesta quinta-feira, para anúncios de investimentos no âmbito do Acordo da Bacia do Rio Doce, reiterou seu apoio ao senador. Em referência ao ex-presidente do Senado, ele encerrou seu discurso dizendo “se eu tinha alguma dúvida de um cara que pode ser governador, saio daqui com a certeza de que já temos um governador para Minas Gerais”.

O parlamentar, por sua vez, discursou como um pré-candidato, ainda que não tenha dito oficialmente que disputará as eleições no próximo ano. Pacheco falou por quase 30 minutos, relembrou suas ações a frente do Congresso e do Senado e fez críticas veladas ao atual governador do Estado, Romeu Zema (Novo).

Pacheco destacou que todo político precisa ser municipalista e que ele abriu o Senado Federal para os prefeitos do Estado. Segundo ele, em um só ano, ele e o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), atual ministro de Minas e Energia (MME), recebeu mais de 800 prefeitos, independente de partido e ideologia, para tratar sobre pleitos e ideias legislativas.

Momento político do Estado

Conforme Pacheco, a política de Minas Gerais atravessa um decréscimo e de quebra de liturgia, com movimentos antipolíticos e de negacionismo. “Vivemos tempos difíceis em que essa negação é fomentada, sobretudo, pelas redes sociais, que, sem limites, se torna uma liberdade de expressão irresponsável”, disse.

Citando ilustres políticos mineiros, o senador afirmou que o Estado não pode se contentar com a política feira por videomaker, Tik Tok e redes sociais. Para Rodrigo, o negacionismo, o populismo, a demagogia e a lacração de rede social têm tornado a política cada vez menos expressiva e resolutiva para a vida das pessoas.

Lula manda indiretas para Zema

Além das críticas veladas de Pacheco, Zema recebeu indiretas do presidente da República. Lula disse que político que fica apenas falando sozinho no celular não tem coragem de debater. “Vá para o debate, não fique falando bobagem no celular, não fique inventando mentira”, afirmou, em alusão ao fato de que o governador tem feito vídeos nas redes sociais criticando o governo federal.

Em seguida, o presidente ponderou que o acordo de Mariana foi consumado graças a Pacheco. Nesta semana, Zema acusou a União de “roubar” a paternidade de projetos e anúncios articulados pelo Estado e falou que o acordo de Mariana só está em vigor porque antes o governo mineiro articulou o acordo de Brumadinho.

Por fim, Lula ainda afirmou: “Depois desse governador, que não vou falar o nome, esse Estado não merece um Nikolas [Ferreira, deputado federal] ou um Cleitinho [senador] [como governador]”.

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