Fecomércio-MG defende união nacional; Temer aposta em estabilidade política

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Nadim Donato, defendeu, nesta sexta-feira (19), que o Brasil se una, independente de diferenças partidárias. Ele afirmou que os extremos políticos não interessam ao comércio e nem às demais áreas do setor produtivo.
“Nós precisamos de tranquilidade para, no próximo ano, darmos sequência a um governo de sucesso e mudar o País, para acabar com essa disputa de polos opostos”, enfatizou o executivo durante entrevista coletiva no evento “Perspectivas Políticas e Estabilidade Democrática e seus Reflexos para o Empresariado”. O encontro foi promovido pela entidade em Belo Horizonte e reuniu empresários, líderes políticos e institucionais.
Entre os presentes estavam o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); o ex-presidente da República, Michel Temer (MDB) e o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Trados. Eles salientaram que a instabilidade política traz impactos negativos para o setor produtivo.
Nesse sentido, o ex-chefe do Palácio do Planalto disse acreditar que o Brasil caminhará rapidamente para uma estabilidade política e social. “Isso vai ajudar muito toda a área produtiva”, afirmou Temer. “Tenho muito otimismo em relação ao nosso País”, destacou.
‘Radicalização é prejudicial ao povo brasileiro’, ressalta ex-presidente
Temer também ponderou que a radicalização tem sido muito prejudicial para o povo brasileiro. Por outro lado, reforçou que, em sua percepção, existem dois polos minoritários que fazem barulho, que geralmente tem repercussão na imprensa, mas que a grande massa de pessoas do Brasil quer, na verdade, a pacificação nacional.
O ex-presidente da República mencionou que foi procurado nessa quinta-feira (18) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), para ajudar a pacificar o País. Ele disse que concordou em colaborar de acordo com suas possibilidades.
Citando uma reunião que participou após o contato, para debater o projeto de lei (PL) da dosimetria – antes conhecido como PL da anistia –, Temer afirmou que fez ponderações. Para ele, não adianta o Congresso Nacional conceder anistia ou reduzir as penas dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, sem que ocorra um pacto republicano, ou seja, um diálogo entre os Três Poderes. Ainda conforme o ex-líder do governo federal, uma diminuição das condenações poderia ajudar a tranquilizar o País.
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