Política

Federalização da Uemg e EMC pode ser opção para abater dívida de Minas com a União

A EMC possui um patrimônio importante para o governo federal que são as antenas de transmissão e a UEMG é considerada pelo patrimônio imobiliário
Federalização da Uemg e EMC pode ser opção para abater dívida de Minas com a União
Foto: UEMG Divulgação

A Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e a Empresa Mineira de Comunicação (EMC) estão entre as alternativas de federalização para o abatimento da dívida do Estado com a União. A informação foi apresentada pelo vice-governador Mateus Simões (Novo), nesta quinta-feira (8), durante a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Além delas, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) também foram mencionadas e todas tiveram seus possíveis valores de negociação debatidos na comissão.

Segundo o vice-governador, a EMC possui um patrimônio importante e útil para o governo federal que são as antenas de transmissão em todo território do Estado. “Temos a sensação que o governo federal interessaria por conta do aparato de transmissão, que é valioso. A gente não tem uma avaliação, o BNDES teria que fazer, mas esperamos que ele reconheça o valor da EMC ao longo das tratativas”, avaliou.

Já a federalização da Uemg é considerada pelo patrimônio imobiliário. “Tem um imóvel que vale mais de R$ 50 milhões na avenida José Candido da Silveira. Outro que vale mais de R$ 40 milhões na avenida Antônio Carlos. O imóvel do bairro Mangabeiras, onde funciona a escola Guignard, imóveis no interior do Estado como Frutal e Passos que são campus muito grandes”, ponderou.

Mateus Simões na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária Foto: Luiz Santana/ALMG

Nióbio é ativo de interesse do governo federal para negociação da dívida de Minas

Segundo Mateus Simões, o ativo mais importante da negociação da Codemig e da Codemge é o nióbio, uma vez que o governo federal já demostrou interesse. “Queremos entregar a parte limpa da empresa, sem os passivos”, explicou.

No caso da Codemig, a mina de nióbio em Araxá e um contrato com que rende ao Estado cerca de R$ 1,5 bilhão por ano. “A avaliação que foi feita há algum tempo pela Goldman Sachs diz que a empresa vale algo entre R$ 22 bilhões e R$ 32 bilhões”, disse Simões.

De acordo com o vice-governador, a Cemig foi avaliada em R$ 7 bilhões, enquanto a Copasa em R$ 4 bilhões.

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