Política

Frente Parlamentar do Cooperativismo é relançada

Ação tem o objetivo de fortalecer o movimento na ALMG e contribuir para o crescimento do setor
Frente Parlamentar do Cooperativismo é relançada
Frente Parlamentar do Cooperativismo foi lançada durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico | Crédito: Daniel Protzner/ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) relançou na quinta-feira (28), em audiência da Comissão de Desenvolvimento Econômico, a Frente Parlamentar do Cooperativismo. A medida é considerada fundamental para o apoio, desenvolvimento e fortalecimento do sistema cooperativista no Estado.

O presidente do Sistema Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, comemorou a reinstalação da frente. “Vem ratificar a presença e o desenvolvimento do cooperativismo mineiro no Poder Legislativo, promovendo a atuação pujante entre os parlamentares para a defesa do setor, no Estado” disse.

De acordo com o dirigente, a interlocução do Sistema Ocemg com a frente traça um caminho que propicia um amplo debate e disseminação das especificidades desse setor, um elo de engajamento maior das cooperativas com a ALMG e da sociedade mineira com os produtos e serviços cooperativistas.

“Um ponto de destaque na nova composição da diretoria da Frencoop MG (frente parlamentar) é a presença de quatro mulheres, um feito histórico e relevante, que vem fortalecer ainda mais a Frente e contribuir significativamente para as discussões de assuntos cooperativistas em Minas Gerais”, disse, em nota.

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Durante a audiência na ALMG, Scucato destacou a importância e a pujança do sistema cooperativista de Minas. À frente da entidade, que conta com 781 cooperativas, Scucato atribuiu os resultados positivos ao treinamento e formação dos dirigentes em todo o Estado. 

“Nos cuidamos da preparação dos dirigentes. Além do trabalho pedagógico interno na Ocemg, temos vários convênios, que começam pela Fundação Dom Cabral, além de universidades em todo o mundo. É por isso que nossas cooperativas têm dado resultados positivos”, destacou.

Também durante a audiência, o 1º secretário da ALMG, deputado Antonio Carlos Arantes, explicou que o trabalho a ser desenvolvido pela Frente Parlamentar do Cooperativismo será importante para as cooperativas.

“É uma alegria muito grande fortalecer o movimento na ALMG, principalmente, quando a gente cria um movimento de valorização e temos o apoio do segmento”.

Andrade também destacou a força do cooperativismo e a importância do segmento no crescimento da economia de Minas Gerais.

“Os números do cooperativismo e a importância são significativos. Temos a Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais com quase 800 cooperativas, tornando-a uma referência. O PIB do nosso Estado passa pelas cooperativas, A participação é muito grande e os resultados são vindos do agronegócio, da saúde, do crédito, da educação. Ou seja, o nosso cooperativismo mineiro está ativo, vivo muito em função da liderança da Ocemg”, explicou Arantes.

Desenvolvimento do cooperativismo

Para a deputada estadual, Ana Paula Siqueira, as cooperativas têm papel relevante no desenvolvimento do Estado, por isso, a frente parlamentar será mais uma forma de fomentar o setor. 

“A Frente Parlamentar tem o compromisso do desenvolvimento social e econômico do Estado, que deve passar e considerar práticas sustentáveis, inteligentes, inovadoras, gerando empregos, renda e escoando a produção. A Frente é estratégica para que Minas avance ainda mais, para que os homens e mulheres do campo, e dos grandes centros urbanos possam ser beneficiados e muito bem organizados nessa estrutura de cooperativismo que avança”.

Agronegócio

Dentre os setores de destaque do cooperativismo, Scucato exaltou o agronegócio e pediu que a atividade seja respeitada. “É preciso respeitar o agronegócio, porque, nem sempre aquele que trabalha dia e noite no campo retorna o resultado para dentro da porteira”.

Scucato criticou o fato de o agronegócio, que tanto contribui para o PIB brasileiro, ter uma participação menor na repartição da riqueza.

Scucato destacou os números do cooperativismo em Minas | Crédito: Daniel Protzner/ALMG

“Em estudo recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), foi identificado que o setor primário da economia só recebe 11% da riqueza. Enquanto isso, 22% ficam no setor terciário e 67% no secundário. Essa remuneração para o homem do campo não é justa. A nossa casa não começa pelo telhado, começa pelo capim”, explicou.

Por fim, Scucato ressaltou o cooperativismo. “O cooperativismo fortalece a economia, corrige o social e respeita o ambiental. Nós somos sustentáveis, nós somos o desenvolvimento, nós somos coop”, disse.

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