Gabriel Azevedo é liberado de depor em processo de suposta quebra de decoro parlamentar

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), Gabriel Sousa Marques de Azevedo (sem partido), foi liberado de prestar depoimento, nesta quinta (21), em uma reunião da Comissão Processante que investiga uma suposta quebra de decoro parlamentar. A denúncia foi apresentada pelo vereador Miltinho CGE (PDT), mas seus advogados alegaram falta de motivo para dar continuidade ao processo, destacando que Azevedo não teve intenção de prejudicar Miltinho.

Durante a reunião, os membros da Comissão Processante optaram por não fazer perguntas ao presidente, que reiterou suas desculpas a Miltinho e afirmou que o processo o fez refletir e amadurecer.

Azevedo expressou o desejo de que o Legislativo volte a se concentrar nos problemas da Capital.

Conforme o Regimento Interno da CMBH, a partir dessa reunião, será aberto um prazo de cinco dias para que o presidente apresente suas alegações finais por escrito.

O parlamentar é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter revelado, em entrevista ao vivo a um canal de televisão, que Miltinho era alvo de um processo de cassação por nepotismo e rachadinha.

Miltinho nega as acusações, argumentando que teve sua imagem manchada sem a devida oportunidade de se manifestar.

Reiterando suas desculpas, Azevedo explicou que o incidente ocorreu em um “dia intenso” na Câmara Municipal, durante uma entrevista ao vivo para a imprensa, quando foi informado sobre o pedido de cassação do colega. Ele enfatizou que, apesar de todos terem defeitos, as qualidades de Miltinho superam os defeitos, e afirmou que as razões apresentadas não configuram motivo para a cassação do mandato parlamentar.

Apesar do processo de apuração, Gabriel assegurou que os trabalhos da Câmara Municipal não foram impactados, destacando a produtividade dos 41 parlamentares. O presidente ressaltou que a Câmara continuará a cumprir seu papel sem ser um empecilho para o Poder Legislativo.

O advogado Felipe Piló, representante de Miltinho (ausente por motivos de saúde), afirmou que a equipe jurídica já está satisfeita com as informações obtidas até o momento, incluindo os depoimentos dos vereadores Bruno Miranda (PDT) e Wagner Ferreira (PDT). Mesmo com o pedido de encerramento do processo por parte da acusação, o relatório precisa ser produzido e votado pela Comissão Processante até o dia 4 de março, cabendo ao Plenário decidir se Gabriel Azevedo será cassado ou não. (Com informações da CMBH)