Política

Internado, Bolsonaro diz que tem quadro estável e sem necessidade de cirurgia por enquanto

O ex-presidente sentiu dores abdominais quando estava em visita à cidade de Santa Cruz
Internado, Bolsonaro diz que tem quadro estável e sem necessidade de cirurgia por enquanto
Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

Internado nesta sexta-feira em um hospital de Natal após sentir fortes dores abdominais, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu quadro é estável e que segue se recuperando, sem necessidade de nova cirurgia, ao menos por enquanto.

Bolsonaro, de 70 anos, sentiu dores abdominais quando estava em visita à cidade de Santa Cruz, no interior potiguar, como parte de um giro por vários locais do país. Depois, foi transferido de helicóptero para um hospital em Natal.

“Graças a Deus, meu quadro está estável e sigo me recuperando, sem febre e com boa evolução clínica. A última informação que temos é de que, por enquanto, não há necessidade de uma nova cirurgia”, publicou o ex-presidente em rede social, em postagem acompanhada de uma foto dele em uma cama de hospital, fazendo sinal de positivo.

“Com a ajuda dos médicos e a proteção de Deus, em breve estarei de volta, pronto para retomar minha missão de percorrer as cinco regiões do Brasil”, acrescentou, agradecendo orações por sua melhora.

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Mais cedo, um dos médicos responsáveis pelo atendimento a Bolsonaro em Natal já havia descartado a necessidade de cirurgia no momento, afirmando que o ex-presidente estava clinicamente estável.

Boletim médico divulgado pelo hospital por volta das 13h afirmou que seriam realizados exames de imagem com contraste em Bolsonaro para melhor avaliação do quadro clínico. O boletim dizia ainda que ele estava “clinicamente orientado e sem dor após analgesia”.

O cirurgião Antônio Macedo, médico pessoal de Bolsonaro, disse por telefone à Reuters que, em caso de necessidade de internação mais prolongada, o ex-presidente poderia ser transferido para São Paulo.

O PL, partido de Bolsonaro, disse que está “consternado” com o mais recente problema de saúde do ex-presidente e atribuiu as dores abdominais à facada sofrida por ele em setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG), quando fazia campanha na eleição presidencial daquele ano — vencida por ele.

Bolsonaro já sofreu outros episódios de obstrução intestinal que seus médicos apontaram ser consequência das cirurgias na região abdominal a que se submeteu após a facada.

No mês passado, o ex-presidente se tornou réu perante o Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de ter liderado uma tentativa de golpe de Estado após ser derrotado na eleição presidencial de 2022.

Além dessa e de outros processos que ainda enfrenta no STF, Bolsonaro também está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022.

Reportagem distribuída pela Reuters.

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