Política

‘Lula pode falar comigo quando quiser’, diz Donald Trump a repórter

Resposta acontece após ministros e parlamentares brasileiros tentarem pontes com o governo americano para negociar as condições do "tarifaço"
Atualizado em 1 de agosto de 2025 • 21:20
‘Lula pode falar comigo quando quiser’, diz Donald Trump a repórter
Foto: Reuters/Kent Nishimura

Em meio à implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (1°) que está aberto a dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ele pode me ligar quando quiser. Vamos ver o que acontece”, disse o norte-americano após uma pergunta da repórter da Globo, Raquel Krähenbühl.

A resposta foi dada após ministros e parlamentares brasileiros tentarem estabelecer pontes com o governo americano para negociar as condições do tarifaço, como é chamada a política de Trump, mas encontrarem resistência. Ainda, o republicano disse que ama o povo brasileiro e que a medida foi tomada porque “pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”.

Essa foi a primeira declaração do presidente dos EUA sobre o Brasil desde que assinou, na última quarta-feira (30), a ordem executiva para impor as tarifas comerciais.

Em um informativo sobre o decreto, a Casa Branca vinculou as tarifas ao processo judicial contra Bolsonaro, aliado de Trump e réu em processo sob a acusação de planejar um golpe de Estado para reverter sua derrota eleitoral em 2022, para Lula.

No mesmo dia, o governo norte-americano puniu com a Lei Magnitsky o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos contra a tentativa de golpe de Estado no Brasil e que tem entre os réus o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Procurado pela Reuters para comentar as declarações de Trump, o Palácio do Planalto não emitiu posição oficial. Uma fonte palaciana afirmou, sob condição de anonimato, que ainda não há conversa marcada ou negociação em curso e que vai depender da vontade de Lula iniciar ou não tratativas nesse sentido.

Com informações da Reuters

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