Política

Maia afirma que momento exige paciência

Maia afirma que momento exige paciência
Crédito: REUTERS/Adriano Machado

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem, questionado sobre eventual impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, que o Parlamento não será instrumento de turbulências e crise política, o que poderia trazer mais incertezas e dar “contornos ainda mais graves” à crise da pandemia do coronavírus.

Maia acrescentou que o momento exige “paciência” e garantiu que a Câmara manterá seu foco no debate e votações de propostas de enfrentamento da crise.

“O que nós não podemos, de forma nenhuma, é que o Parlamento seja mais um instrumento de crises e de incertezas, que infelizmente hoje tem sido gerado no nosso País”, disse o presidente da Câmara, após mais de uma semana sem conceder coletivas à imprensa em meio à turbulência política que envolveu, inclusive, a demissão de dois ministros de Bolsonaro.

“Acho que o nosso papel é ter paciência, é ter equilíbrio. Eu acho que é legítimo a sociedade, os parlamentares – parte deles – tentarem discutir CPIs e outros instrumentos, mas acho que a Câmara deve, sob minha presidência, respeitando a posição de outros parlamentares, acho que nós devemos ter essa paciência e esse equilíbrio para que nós possamos tratar do que é mais importante que é a vida dos brasileiros, o emprego dos brasileiros, e a renda”, defendeu.

Mais de uma vez questionado sobre o andamento que dará aos pedidos de impeachment aguardando análise na Câmara – há 30 deles protocolados -, Maia lembrou que atuará como “juiz” do processo, razão pela qual evitou entrar em detalhes. É prerrogativa do presidente da Câmara decidir se dá andamento aos requerimentos apresentados para impedir o chefe do Executivo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello pediu à Câmara na última quinta-feira (23) informações a respeito do andamento de um pedido de autoria de dois advogados. Eles questionaram o fato de Maia ainda não ter se manifestado, mesmo depois de mais de 15 dias de o pedido ter sido apresentado. (Reuters)

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