Mateus Simões fala sobre queimadas em Minas Gerais: ‘É criminoso e será punido’

As queimadas em Minas Gerais, agora, serão tratados na esfera criminal. O vice-governador do Estado, Mateus Simões, disse, nesta segunda-feira (16), que o governo estadual está tratando e considerando qualquer tipo de incêndio como uma questão de polícia.

Simões falou sobre os incêndios no Estado em coletiva após a cerimônia de início das obras para a construção da Linha 2 do metrô de BH.

Segundo ele, os casos de fogo natural (quando os incêndios começam sem ser por ação humana) são muito raros, e as pessoas precisam ter cuidado com o manejo do fogo neste período de seca, em que não se pode queimar nada ao ar livre.

“Nós estamos com investigações criminais contra todas as pessoas que estão começando  incêndios. É inadmissível que uma pessoa comece um incêndio num momento como este. Não interessa se ela está pondo fogo no lixo da sua casa, se ela está queimando a beirada do seu terreno ou se ela já fez isso no passado. É inadmissível. É criminoso e será punido qualquer tipo de incêndio começado pelo cidadão em qualquer área do Estado”, enfatizou o vice-governador.

De acordo com Simões, o Estado vive uma falta de cuidado por parte dos cidadãos que colocam em risco não só a natureza e o patrimônio, mas também a vida de outras pessoas. E é isso o que motiva o governo a tratar os incêndios também como uma questão de polícia.

“Polícias Civil e Militar estão atuando para garantir que as pessoas sejam presas e punidas se começarem novos focos de incêndio”, afirmou.

Resposta às queimadas

O vice-governador disse ainda que o Estado está empenhado em “dar respostas aos incêndios” e acredita que “tem dado conta”. Para ele, a população precisa entender que não é possível que o Estado evite que o incêndio se inicie. “Isso depende da atuação e conscientização das pessoas”, pontuou.

Para dar esta resposta, Minas Gerais já contratou mais de 100 profissionais extras em turno contínuo de combate aos incêndios, conforme Simões, e está analisando a necessidade de um novo contrato de combate aéreo de incêndio.

“O número do uso de horas de combate aéreo a incêndio foi tão grande até agora que talvez tenhamos que fazer uma contratação adicional”, comentou.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Minas Gerais, foram registrados, somente este ano, 8.805 focos de incêndio, sendo 3.578 no último mês. Em todo o Brasil, já são 184.363 focos de incêndio registrados em 2024.