Prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, morre aos 77 anos

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu nesta quarta-feira (26). Ele estava internado desde o dia 3 de janeiro no Hospital Mater Dei para tratar um quadro de insuficiência respiratória. Durante a manhã, o hospital informou que o prefeito teve uma parada cardiorrespiratória na noite de terça-feira (25) e precisou ser reanimado. Fuad deixa a esposa Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido.
“Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no Governo Federal, Governo de Minas Gerais e na Prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social”, diz a nota.
O velório de Noman acontece nesta quinta-feira (27), de 13h às 16h, no saguão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A despedida será aberta à população, que poderá acessar o local pela avenida Afonso Pena, 1.212.
No dia 3 de janeiro, Fuad foi admitido no Mater Dei com quadro de insuficiência respiratória aguda em decorrência de uma pneumonia. Ele precisou de auxílio respiratório na maior parte deste tempo, chegando a ficar internado na UTI.
Um dia depois, em 4 de janeiro, o então vice-prefeito Álvaro Damião assumiu interinamente o comando do Executivo municipal, após Fuad entrar em licença médica por 15 dias. A licença vinha sendo renovada sucessivamente.
Por recomendações médicas, ele tomou posse como chefe do Executivo municipal de forma remota. Durante a cerimônia na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), o então vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), leu um discurso escrito pelo prefeito eleito da Capital.
Histórico de internações
Essa foi a quarta internação de Fuad desde que venceu as eleições por consequências do seu tratamento contra um linfoma não Hodgkin, câncer cujo diagnóstico teve sua remissão anunciada em outubro.
Fuad Noman passou por uma internação no dia 19 de dezembro com um quadro de diarreia e desidratação. No dia seguinte, o prefeito foi transferido para a UTI após um sangramento intestinal e teve alta no dia 23 de dezembro.
No início do mesmo mês, ele havia sido internado no Mater Dei para tratar sintomas de uma infecção. Anteriormente, no fim de novembro, Noman passou cinco dias internado devido a dores nas pernas e teve alta após apresentar melhora.
Diagnóstico antes das eleições
Em julho de 2024, às vésperas do início da campanha eleitoral, o prefeito da Capital foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin. Trata-se de um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada.
Em outubro, durante o período eleitoral, Fuad informou que havia concluído o tratamento contra a doença.
Natural de Belo Horizonte, Fuad Jorge Noman Filho deixa a esposa Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos.
Biografia construída no serviço público
Escritor e autor de três livros, Noman era bacharel em Ciências Econômicas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (Ceub) e Pós-Graduado em Programação Econômica e Execução Orçamentária. Além disso, era Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Ingressou no serviço público como funcionário de carreira do Banco Central do Brasil. Trabalhou no Tesouro Nacional, foi secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, diretor do Banco do Brasil e presidente da BrasilPrev. Foi também consultor do Fundo Monetário Internacional para o governo de Cabo Verde.
No Governo de Minas Gerais foi secretário de Estado de Fazenda, secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, secretário Extraordinário da Copa do Mundo, Presidente da Gasmig e secretário de Estado Extraordinário para a Coordenação de Investimentos.
Na PBH, ele foi nomeado pelo ex-prefeito Alexandre Kalil como secretário Municipal de Fazenda, cargo que exerceu de 2017 até 2020, ano em que foi eleito vice-prefeito de Belo Horizonte.
Em 29 de março de 2022, tomou posse como prefeito da Capital, após Kalil deixar o posto para concorrer ao cargo de governador do Estado, e, nas últimas eleições, foi reeleito para mais um mandato, que se iniciaria em janeiro de 2025.
Com o falecimento, quem assumirá o cargo máximo do Executivo da capital mineira será o vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil). Clique aqui para acessar o perfil do novo prefeito.
Ouça a rádio de Minas