Gás do Povo: programa lançado por Lula em BH vai beneficiar 1,2 milhão de famílias mineiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o programa Gás do Povo, que vai oferecer botijões de gás de 13 kg gratuitamente para 15,5 milhões de famílias brasileiras, nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte. Em Minas Gerais, o impacto será expressivo: 1,2 milhão de famílias serão beneficiadas, o equivalente a 3,6 milhões de pessoas. O programa prevê a distribuição de aproximadamente 5 milhões de botijões por ano apenas no Estado.
O presidente afirmou que o programa Gás do Povo foi uma alternativa que o governo federal adotou ao verificar, segundo Lula, que a redução do preço do gás de cozinha vendido pela Petrobras às distribuidoras não chegava ao consumidor final. Assim, o governo decidiu por expandir o auxílio-gás e triplicar o contingente de atendidos pelo benefício com a criação do novo programa.
“Nós resolvemos aumentar o programa. Ao invés de atender 5 milhões de pessoas, vamos atender 17 milhões de famílias, que chegam quase a 50 milhões de pessoas, e essas pessoas vão receber, durante o ano, o gás necessário para cozinhar”, afirmou Lula.
O lançamento em BH reforça a importância estratégica de Minas Gerais no novo programa. A expectativa é que o uso de lenha e outros combustíveis tóxicos caia significativamente, melhorando as condições de saúde, especialmente para mulheres e crianças.
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Segundo o governo, o programa será custeado com recursos já previstos na Lei Orçamentária Anual de 2025, sem necessidade de créditos extras.
Novo formato substitui Auxílio Gás e garante mais transparência
O Gás do Povo vai substituir o atual Auxílio Gás, e, com isso, triplica o número de beneficiados. Ao invés de repassar o valor em dinheiro, o governo vai entregar o botijão diretamente nas revendas credenciadas, com diferentes formas de retirada, como aplicativo, cartão do programa, vale impresso ou o próprio cartão do Bolsa Família.
O benefício será destinado a famílias inscritas no CadÚnico com renda per capita de até meio salário mínimo, com prioridade para beneficiários do Bolsa Família. A quantidade de botijões varia conforme o número de integrantes da família:
- Até 3 botijões por ano para famílias com 2 pessoas;
- Até 4 botijões para famílias com 3 integrantes;
- Até 6 botijões para famílias com 4 ou mais integrantes.
De acordo com o ministro Alexandre Silveira, o novo modelo oferece mais eficiência, transparência e controle, além de garantir mais segurança alimentar, saúde e dignidade para famílias em situação de vulnerabilidade.
Financiamento e implementação
A previsão é que os primeiros botijões sejam entregues ainda em 2025, com o programa funcionando plenamente até março de 2026. Neste ano, o governo já tem assegurado mais de R$ 3,57 bilhões para viabilizar a política pública.
O valor do benefício será calculado de forma regionalizada, levando em conta as variações de preço do gás em cada estado, com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A ideia é reduzir desigualdades e garantir acesso justo ao gás de cozinha em todo o Brasil.
Entre as unidades da federação, oito estados terão mais de um milhão de famílias beneficiadas. São eles:
- São Paulo (1,87 milhão);
- Minas Gerais (1,20 milhão);
- Rio de Janeiro (1,12 milhão);
- Bahia (1,84 milhão);
- Pernambuco (1,14 milhão);
- Ceará (1,13 milhão);
- Pará (1,11 milhão);
- Maranhão (1,01 milhão).
Financiamento e cronograma
O programa será implementado de forma gradual. Os primeiros botijões devem começar a ser entregues ainda em 2025, com previsão de que todas as 15,5 milhões de famílias tenham acesso ao benefício até março de 2026.
A iniciativa será custeada integralmente com recursos da União. Estão previstos R$ 3,57 bilhões no orçamento de 2025, valor que sobe para R$ 5,1 bilhões em 2026, quando o programa atingir sua totalidade.
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