Política

‘Quero que Pacheco seja governador de Minas Gerais’, diz Lula

Presidente também falou sobre reforma ministerial, Gleisi Hoffmann na Secretaria-geral da presidência e emendas parlamentares; confira
‘Quero que Pacheco seja governador de Minas Gerais’, diz Lula
Crédito: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desconversou sobre um possível convite ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para um cargo na Esplanada dos Ministérios. Disse não poder dizer quem será ministro com a reforma ministerial em discussão e reforçou o apoio para que Pacheco seja candidato a governador de Minas Gerais em 2026.

“Não posso dizer quem vai ser. Se eu pudesse falar, falaria. O que quero é que Pacheco seja governador de Minas Gerais”, declarou Lula ao fim da entrevista coletiva à imprensa realizada nesta quinta-feira (30).

A expectativa é que uma reforma ministerial seja realizada no primeiro escalão do governo ainda no primeiro semestre deste ano.

A primeira troca já foi feita na Secretaria de Comunicação Social da Presidência, com a saída de Paulo Pimenta e a entrada de Sidônio Palmeira.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Lula também disse que não quer discutir a eleição presidencial de 2026, mas em seguida destacou sua disposição de participar do pleito, apesar da idade. “Eu sinceramente não quero discutir 2026, só quero dizer para vocês que estou com muita jovialidade. Eu tenho 79 anos de idade mas estou com minha energia de 30 anos “, disse.

Troca de comando em ministério

Luiz Inácio Lula da Silva disse que “trocar ministro é da alçada do presidente da República” e que a atual presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, “tem competência para ser ministra em qualquer País do mundo”.

Gleisi é um nome forte para assumir a Secretaria-geral da Presidência. “A companheira Gleisi já foi ministra da Casa Civil da Dilma (Rousseff). Eu estava preso e fui um dos responsáveis para que Gleisi virasse presidente do nosso partido. Gleisi é um quadro muito refinado. Politicamente, tem pouca gente nesse País mais refinado que a Gleisi”, elogiou Lula.

Apesar de ter tecido vários elogios à correligionária, Lula disse que “até agora, não tem nada definido”. Ele também reiterou que a troca de ministros é uma prerrogativa sua enquanto presidente, mas alfinetou o noticiário discutindo possíveis substituições na Esplanada dos Ministérios.

Congresso e as emendas parlamentares

O presidente ainda defende a conclusão de um “acordo definitivo” entre o Congresso Nacional e o governo sobre a distribuição e a execução das emendas parlamentares, verbas que têm sido alvo de bloqueios pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“O governo não tem nada a ver com as emendas parlamentares. Foi uma conquista deles num governo irresponsável, que não governava o País”, afirmou, mais uma vez citando o governo do ex-presidente Bolsonaro. “Então, elas existem. Nós estamos agora com decisões da Suprema Corte, do ministro Flávio (Dino), e nós vamos negociar para buscar um acordo definitivo entre a Câmara e o Poder Executivo”, adianta.

Lula não descarta a continuidade das emendas e disse que “se tiver que dar emenda, vamos dar emenda subordinada e orientada a projetos de interesse do Estado brasileiro, sobretudo, na área da educação, na área da saúde, na área do transporte. É assim que a gente vai trabalhar, até que a gente crie condições para que seja de uma forma diferente”, avalia.

O presidente afirmou ainda que não terá dificuldades nas próximas gestões do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, cujos favoritos para as eleições deste sábado (1º), são Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB).

Na ocasião, Lula voltou a dizer que não se mete nas eleições dos presidentes do Congresso. “O meu presidente do Senado é aquele que ganhar, e o da Câmara, é aquele que ganhar. Quem ganhar, eu vou respeitar e vou estabelecer uma nova relação”, declarou.

Reportagem distribuída por Estadão Conteúdo

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas