Reforma da Previdência: votação da PEC no Senado é adiada

Brasília – Por causa da pressão para liberação de emendas parlamentares, a votação da proposta de reforma da Previdência no plenário do Senado foi adiada de hoje para amanhã. Deputados e senadores usam essas emendas para destinar recursos a suas bases eleitorais. O governo vem negociando a liberação desse dinheiro para reduzir as resistências no Congresso em relação à proposta de mudança nas regras de aposentadorias e pensões.
Para atender a deputados, o presidente Jair Bolsonaro enviou um projeto de lei, em agosto, abrindo um crédito de quase R$ 3 bilhões no Orçamento. Interlocutores do Planalto reconhecem que cerca de R$ 2 bilhões são para emendas parlamentares.
Esse projeto, porém, ainda não foi aprovado e está na fila de votações do plenário do Congresso.
Diante da pressão, o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou para hoje mais uma sessão do Congresso, que reúne deputados e senadores, bem no horário em que estava prevista o início da votação da reforma da Previdência no Senado. O objetivo de Alcolumbre é votar vetos presidenciais e aprovar a abertura de crédito.
O início da análise da reforma no plenário do Senado havia sido acordado com líderes partidários do Senado em agosto. A data, portanto, teve que ser alterada.
Inicialmente, a sessão do Congresso seria apenas na próxima semana, pois Alcolumbre não queria relacionar a votação do crédito para emendas com a proposta de emenda à Constituição (PEC).
A desarticulação política do governo é um dos fatores que pode atrapalhar a votação da PEC que reestrutura as regras de aposentadoria e pensões. (Folhapress)
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