Reforma Tributária pode fazer Minas ter 2º maior PIB do País, diz deputado

A Reforma Tributária fará com que Minas Gerais tenha o segundo maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em até cinco anos, afirmou o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), durante coletiva de imprensa no evento “Destrinchando a Reforma Tributária”, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte. Hoje, o PIB mineiro é o terceiro maior do País, atrás dos de São Paulo e Rio de Janeiro.
A previsão do deputado se fundamenta no processo de desindustrialização que o País enfrenta e que a reforma pretende reverter. O sistema tributário brasileiro, por ser cumulativo, incide pesadamente em produtos de maior valor agregado, que possuem uma cadeia produtiva mais longa.
“Tudo que tem valor agregado, o Brasil não exporta mais, porque não tem capacidade competitiva, porque o sistema tributário gera um custo, depende da cadeia, se cadeia for muito longa, de 8% até 20%. Qualquer coisa legal não compete no mundo aberto, na economia aberta, com esse sistema tributário brasileiro”, aponta Lopes.
Para o petista, a Reforma Tributária irá corrigir essa distorção criada pela cumulatividade e dará condições de competitividade industrial para o País em produtos de maior valor agregado. E o PIB de Minas Gerais será impulsionado pelo tamanho do parque industrial do Estado.
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“O Brasil se tornou essa economia, se desindustrializou. Como Minas tem o segundo parque industrial e tem uma capacidade ociosa instalada de 50%, 40%, quando você torna a indústria mais competitiva, quem ganha mais é quem tem esse parque tecnológico todo instalado. Por isso apostarei que, em 4, 5 anos, Minas será o segundo PIB do Brasil”, declarou Lopes.
Em 2023 a economia mineira cresceu 3,1% e o PIB superou a casa de R$ 1 trilhão (R$ 1,028 trilhão), com participação de 9,5% no PIB nacional, atrás dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
‘Faltam condições para tributação de renda e patrimônio’
Vice-líder do governo Lula (PT) no Congresso Nacional e coordenador do Grupo de Trabalho sobre a Reforma Tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes declarou que no momento não há condições políticas para uma reforma sobre imposto de renda e patrimônio.
“O sucesso da reforma foi separar debate sobre consumo com o debate sobre renda e patrimônio. Este é o segundo momento que nós vamos ter que discutir e, para isso, vai ter mais conjuntura política”, disse Reginaldo Lopes.
“Hoje, eu acho que, infelizmente, não temos tanta conjuntura política para avançar num debate sobre renda e patrimônio como avançamos sobre consumo”, completa.
Apesar disso, o deputado afirmou que a reforma como está já é uma maneira de fazer uma versão sobre a renda por meio de uma tributação mais justa no consumo, como cashback para consumo das famílias de baixa renda, progressividade e Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para embarcações e aeronaves, como iates e jatinhos, bens de famílias mais ricas.
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