Tentativa de golpe: em BH, Temer pede redução de penas para ‘tranquilizar’ o País

Em agenda em Belo Horizonte nesta sexta-feira (19), o ex-presidente Michel Temer (MDB) declarou acreditar ser necessária uma redosagem das penas impostas aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, a depredação da sede dos Poderes foi “grave”, mas poderia resultar em penas menores para “tranquilizar o País”.
“Surgiu essa hipótese de fazer uma redosagem das penas, ou uma nova dosimetria, que é o termo jurídico. Foi uma ideia que ocorreu ontem (18): algo que reduziria a pena de todos, sem exceção. Talvez seja um caminho, mas digo, com muita franqueza, que tudo ainda está muito no começo. É preciso conversar com o Supremo, com o Executivo e com o presidente da República”, afirmou Temer.
A ideia citada pelo ex-presidente foi discutida em reunião na casa de Temer e contou com as presenças dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG), além das participações virtuais do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.
Houve golpe?
“Houve uma tentativa de golpe? Houve uma grande tentativa de sensibilizar para o golpe. Agora, houve um fato gravíssimo, que foi a depredação não exatamente de um edifício, mas dos prédios que abrigavam e eram sede dos Poderes”, disse o ex-presidente.
Segundo ele, apesar da gravidade da situação, as penalidades “talvez” tenham sido muito “severas e exageradas”. “Punição tinha que haver, talvez com penas menores, que é o anseio de todos com quem converso. Penso que, se houver uma nova dosagem das penas, isso ajudaria a tranquilizar o País”, concluiu.
Tentativa de golpe
A tentativa de golpe de Estado ocorreu em 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF). Nessa data, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto (Executivo), o Congresso Nacional (Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (STF), que representa o Judiciário.
Em desdobramento desses atos, a Primeira Turma do STF condenou, na última semana, Jair Bolsonaro e mais sete réus, por quatro votos a um, pela trama golpista.
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