Prêmio José Costa

Liderança responsável tem a ver com gostar de gente

Declaração é do presidente do Sistema Ocemg, Ronaldo Scucato, agraciado como Personalidade 2024 na premiação organizada pelo Diário do Comércio e Fundação Dom Cabral
Liderança responsável tem a ver com gostar de gente
Scucato no discurso durante a solenidade de entrega do prêmio, ao lado de Adriana Muls, Luiz Carlos Costa e Yvan Muls (Diário do Comércio) | Crédito: Diário do Comércio / Alessandro Carvalho

Referência em cooperativismo no Brasil, Ronaldo Scucato se dedica há mais de 70 anos a atividades ligadas ao setor. Formado em Direito e Administração pela PUC Minas, possui pós-graduação em Administração Financeira, Agrícola Empresarial, Administração Superior e Liderança. Atualmente, ocupa o cargo de presidente do Sistema Ocemg e da Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina. Além disso, é conselheiro do Conselho Nacional do Sescoop, do Sebrae-MG e membro do Conselho Estadual de Cooperativismo de Minas Gerais (Cecoop-MG).

Tudo isso já justificaria sua escolha como Personalidade 2024 – Liderança Responsável na nona edição do Prêmio José Costa. Mas os motivos que levaram a comissão julgadora a homenageá-lo passam também pelo trabalho, exemplo e legado que Scucato vem construindo ao longo de sua história.

Como ele mesmo define: “Liderança responsável tem a ver com gostar de gente”.

Segundo o homenageado, é preciso gostar de lidar com as pessoas, porque são elas que fazem os resultados acontecer. “E, de forma geral, tem a ver com agir de maneira ética e com integridade, com sustentabilidade, com empatia, com capacidade de se adaptar às novas realidades, com desenvolvimento dos talentos, e suas habilidades, é claro, com uma comunicação eficiente e com tomadas de decisão que considerem resultados e qualidade de vida simultaneamente. Liderança responsável é ouvir mais do que falar”, completa.

E é dessa experiência também que vem uma análise sobre as transformações e desafios de gestores e lideranças na atualidade. Para Scucato, no mundo volátil, incerto e complexo em que vivemos, os desafios mudam e a forma de administrar e gerir precisa acompanhar as transformações do mercado. Mas, ele também diz que existem habilidades que, mesmo em cenários difíceis, especialmente no ambiente de gestão, devem ser ampliadas: “a capacidade de ouvir, de gostar de gente e ter pessoas diferentes, sob todos os sentidos, ao seu lado”, por exemplo.

No cooperativismo, os desafios não são muito diferentes, conforme o presidente do Sistema Ocemg, porque existe a mesma meta de alcançar resultados. A diferença, está na orientação por valores e princípios claros. 

“Nosso propósito é transformar para melhor a vida das pessoas. Por isso, temos plena consciência de que somente a partir dos resultados econômicos é possível investirmos no social. Então, atuamos de maneira firme, com excelência do ponto de vista da gestão, governança e inovação, sempre seguindo as melhores práticas, para aplicar parte desses resultados em ações sociais. Afinal, não se constrói um paraíso social em cima de uma ruína econômica”, defende.

Os números do setor em 2024 ainda não foram fechados, mas são grandes as expectativas do dirigente, tomando por base, o ritmo de crescimento histórico do cooperativismo mineiro.

Os dados mais recentes constam no Anuário 2024 – Informações Econômicas e Sociais do Cooperativismo Mineiro, divulgado pelo Sistema Ocemg, e mostram que, em 2023, as cooperativas apresentaram crescimento em diversas frentes, como na movimentação econômica, que avançou 9,5% na comparação com o ano anterior, somando R$ 129,7 bilhões. Além disso, o número de mineiros com algum tipo de envolvimento com o cooperativismo atingiu 47% da população.

Leia a reportagem: Cooperativas mantêm papel crucial para o crescimento de Minas Gerais

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