Sustentabilidade

Com investimento de R$ 18 milhões, BHTec terá unidade voltada para inovação e sustentabilidade

O espaço será ocupado por centros de tecnologia, laboratórios, startups e empresas de base tecnológica e com práticas ESG
Com investimento de R$ 18 milhões, BHTec terá unidade voltada para inovação e sustentabilidade
Maquete da nova sede do Centro de Inteligência em Sustentabilidade (CIS) e do complexo de living labs no BH-Tec | Foto: Diário do Comércio / Leonardo Leão

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec) terá um prédio totalmente voltado para a inovação e sustentabilidade em Minas Gerais. O imóvel, com mais de 2 mil metros quadrados (m²) de área, abrigará o novo Centro de Inteligência em Sustentabilidade (CIS). O investimento previsto é de R$ 18 milhões, conforme antecipado pelo Diário do Comércio em 17 de março.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) destinará R$ 15 milhões para o desenvolvimento do projeto, o restante será desembolsado pelo governo do Estado. As obras já poderão ser iniciadas após aprovação da licença ambiental pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

De acordo com o presidente do BHTec, Marco Crocco, a expectativa é que o empreendimento seja entregue cerca de um ano após a autorização da PBH, devido à baixa complexidade do projeto. “Não é um prédio muito difícil de ser feito”, garante. Ele também espera que o espaço seja totalmente ocupado em pouco tempo.

Esta será a primeira expansão institucional desde a inauguração do parque, em 2012. O espaço será ocupado por centros de tecnologia, laboratórios, startups e empresas de base tecnológica e com práticas Environmental, Social and Governance (ESG).

Crocco destaca o pioneirismo do projeto. “É o primeiro espaço de ambientes de inovação em Minas Gerais destinado exclusivamente a empresas que têm essa vertente de trabalhar com a área de sustentabilidade de uma forma ampla”, reforça.

O dirigente também considera o empreendimento um marco para o parque tecnológico mineiro. “É um marco fundamental, não só pela expansão em si, que demonstra a relevância que o BHTec vem ganhando hoje em dia, mas também pela temática: ser um espaço destinado a trazer inovação para enfrentar mudanças climáticas”, declara.

Além disso, ele ressalta a necessidade de novos espaços, uma vez que o parque já superou a capacidade, tendo, inclusive, que ceder a área da administração para algumas startups. “O nosso problema não é demanda, é espaço”, completa.

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O projeto foi apresentado durante um evento realizado na manhã desta terça-feira (25) na sede da instituição. O evento ainda marca o início das celebrações de 20 anos da associação BHTec, responsável pela administração do parque tecnológico.

Apresentação do projeto da sede do novo Centro de Inteligência em Sustentabilidade (CIS), do BH-Tec.
Foto: Diário do Comércio / Leonardo Leão

Participaram da solenidade o vice-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Alessandro Fernandes Moreira; o gerente do Departamento Regional Centro-Oeste da Finep, Wadson Nathaniel Ribeiro; a presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia de Minas Gerais, deputada Beatriz Cerqueira; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico da PBH, Adriano Faria; o subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Minas Gerais, Lucas Mendes; e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do governo de Minas, Filipe Queiroga.

Expansão do BHTec

Além da futura sede do CIS, Crocco apresenta outros dois projetos de expansão do parque tecnológico. O primeiro é um complexo de living labs, ou laboratórios vivos, destinados para projetos de experimentação e demonstração, além de abrigar algumas startups. Até o momento, o BHTec já adquiriu cinco unidades.

O espaço contará com contêineres de 21,5 m² de área livre e estrutura revestida para proteção sonora e climatização. A estrutura da praça de laboratórios vivos estará integrada com a natureza, além de promover o acesso ao prédio do CTVacinas.

Contêineres para o complexo de laboratórios vivos do BH-Tec.
Foto: Diário do Comércio / Leonardo Leão

O valor estimado para o projeto é de aproximadamente R$ 400 mil, sendo R$ 300 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por meio da ampliação do Hub de Inovação Multifuncional. Já os outros R$ 100 mil foram obtidos por meio de emenda parlamentar da vereadora Marcela Trópia (Novo).

Outro empreendimento previsto é um prédio de uso exclusivo para os centros tecnológicos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 2 mil m² de área. O montante total para o desenvolvimento desta iniciativa é de aproximadamente R$ 20 milhões, ainda no início do processo de captação dos recursos.

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