Feita por mulheres, marca de roupas e calçados veganos tem alta de 60% nas vendas

Inspiradas pela paixão pelo forró, as empreendedoras Suellen Alice e Rovena Moura criaram a marca de roupas VemVem. Com histórias ligadas ao alegre e dançante ritmo nordestino, elas comandam a empresa que detém ainda a marca de calçados Bamou e que, juntas, já registram 60% de aumento nas vendas no acumulado deste ano frente a 2023.
O projeto cultural VemVem, nascido há quase 10 anos, se tornou um evento tradicional dedicado ao forró na Suíça e inspirou a criação da marca de roupas homônima que tem o objetivo de divulgar e fomentar o estilo musical por meio de um conceito 100% sustentável e vegano – meta que vem sendo cumprida com louvor, graças à curadoria das sócias.
As vivências para a produção das coleções partem de histórias das criadoras, mas também contam com o apoio e colaboração de dançarinos e dos principais professores de forró da atualidade.
A VemVem e a Bamou estão ainda alinhadas aos movimentos e certificações que priorizam a sustentabilidade e o respeito à vida animal. Ambas são parceiras do Movimento Sou de Algodão e possuem o selo Peta, que certifica a produção sem qualquer exploração animal.
Além disso, os materiais usados na fabricação dos sapatos possuem a certificação BCI (Better Cotton Initiative), que assegura a qualidade e a origem sustentável do algodão e condições dignas de trabalho para os envolvidos.
“Bamou são calçados veganos e 100% sustentáveis, livre de crueldades não somente com os animais, mas também com os humanos, pois temos processos de produção que respeitam a valorizam os profissionais envolvidos em todas as etapas. Temos ainda a VemVem, que é uma marca de roupas que descende do festival de forró que ocorre na suíça geralmente entre agosto e setembro e que também carrega uma pegada de moda ecológica”, pontua a sócia-diretora da marca, Suellen Alice.
Um empreender feito somente por mulheres
Suellen Alice, que atua na co-criação da etiqueta, é natural de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, se mudou para Minas Gerais, onde, até a pandemia de Covid-19, empreendeu na cena gastronômica ao comandar um restaurante no pacato distrito de Milho Verde, região da cidade de Serro, em meio aos relevos da Serra do Espinhaço.
Sempre inspirada a empreender, ela buscava formas de garantir oportunidades para fomentar não somente a essência do negócio, mas de construir uma rede feminina de profissionais e ao mesmo tempo inclusiva.
“A questão do empreendedorismo feminino sofre muitos desafios por conta de termos ainda uma sociedade patriarcal. Temos uma equipe de trabalho totalmente formada por mulheres, sendo a maioria mães, e temos também profissionais LGBT+, do qual temos uma mulher trans e estamos sempre atentas a ser uma marca diversa e inclusiva, que sabe dar valor a cada profissional, desde a fotografia ao designer, do site a estamparia”, elenca.
Tanto as roupas quanto os calçados das marcas VemVem e Bamou podem ser encontrados no e-commerce que conta com um site brasileiro e um site europeu, com foco na internacionalização das empresas.
“São produtos unissex, como os tênis que nós temos muito leves e próprios para dançar não somente o forró, mas outros tipos de dança também, assim como temos também camisetas e camisas também unissex, e para as mulheres há opções também de vestidos, saias, tops e blusinhas”, detalha Suellen Alice.

Com público fiel incentivado pelo forró, marca de calçados busca por representantes comerciais
Em Belo Horizonte, os produtos veganos podem ser encontrados na loja colaborativa BAEUAI, no Mercado Novo, na região Central da Capital.
“Quando a gente fala de forró, percebemos que temos um público muito fiel. Nós temos estamos na loja BAEUAI, mas desde o primeiro ano estamos no e-commerce atendendo o Brasil todo. Por enquanto, não pretendendo ter outra loja física, pois temos parceiros de divulgação em várias regiões do País e estamos buscando representantes comerciais para atuar com a marca“, adianta a sócia-diretora.
De acordo com o volume de vendas de produtos, as principais praças que buscam por itens das duas marcas estão concentrados mais em Minas Gerais, seguida por São Paulo, Espírito Santo e Bahia.
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