Sustentabilidade

Onda de calor: PBH amplia atuação para eventos climáticos extremos

Grupo Gestor de Riscos e Desastres terá atuação ampliada para eventos climáticos como a onda de calor
Atualizado em 11 de setembro de 2024 • 20:07
Onda de calor: PBH amplia atuação para eventos climáticos extremos
Foto: Marco Aurélio Neves

O prefeito Fuad Noman (PSD) assinou, nesta quarta-feira (11), decreto que amplia a atuação do Grupo Gestor de Riscos e Desastres (GGRD), que passa a ser chamado de Grupo Gestor de Riscos, Desastres e Eventos Climáticos Extremos (GGRDECE).

O decreto foi assinado durante uma reunião do prefeito com o grupo, na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), para balanço das medidas adotadas no município com o objetivo de minimizar os efeitos da onda de calor, baixa umidade e qualidade do ar na Capital.

“A implantação deste grupo tem um ganho adicional porque, no ano passado, não tivemos os eventos climáticos que tivemos hoje, não tivemos grandes secas”, disse Fuad. “Hoje nós estamos vivendo uma situação de excepcionalidades e que temos de tomar medidas excepcionais”, completou.

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Atualmente o grupo atua de outubro a março, os meses do período chuvoso, mas agora também se mobilizará diante de outras situações climáticas que possam impactar a população de Belo Horizonte.

Fuad disse que a antecipação da criação do grupo objetiva a atuação não somente durante a estiagem, mas também na preparação para as fortes chuvas que podem vir após grandes períodos de seca.

O secretário municipal interino de Meio Ambiente, Gelson Leite, apontou que neste ano já foram registrados 52 incêndios em áreas verdes de Belo Horizonte, sendo 27 em parques.

Ações de combate a incêndios

Em junho a PBH criou o Protocolo Integrado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais em Parques Municipais, desenvolvido por meio da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Guarda Municipal, Defesa Civil, Centro Integrado de Operações e Corpo de Bombeiros.

O protocolo estabelece diretrizes para ação coordenada entre as entidades envolvidas, com monitoramento preventivo e ação rápida em caso de incêndios florestais.

Os eixos centrais são a prevenção e monitoramento, ações de pronta resposta, capacitação e treinamento, além da educação ambiental. O protocolo foi acionado em todos os incêndios ocorridos em BH de junho até setembro deste ano.

A Subsecretaria de Zeladoria Urbana (Suzurb) contratou 20 caminhões-pipa para regar as árvores e plantas em praças e canteiros diariamente, incluindo finais de semana. Cada caminhão transporta 6 mil litros de água.

PBH lança campanha de alerta para onda de calor

Esta semana a PBH iniciou uma campanha de rádio e televisão que aborda a questão climática atual, com orientações para as pessoas sobre comportamentos de proteção e segurança nesse período de calor extremo.

A Defesa Civil de Belo Horizonte monitora as condições climáticas 24 horas por dia e reforçou a emissão dos boletins meteorológicos, com informações de temperatura, umidade do ar e orientações pelas redes sociais, SMS e aplicativos de mensagens com disparos diários.

PBH implanta unidade de refúgio climático

A PBH implantou na Rua Carijós, nº 679, no Centro de Belo Horizonte, uma unidade de refúgio climático. O espaço é projetado para oferecer abrigo e assistência durante eventos climáticos extremos como ondas de calor ou tempestades e é equipado com sistemas de resfriamento e abastecimento de água potável.

Outros dois refúgios serão implantados ainda este ano e mais outros quatro até 2025. Eles ficarão localizados em Venda Nova, no Barreiro, e outros quatros na região central da capital mineira: nas avenidas Olegário Maciel e Amazonas e dois na rua dos Caetés.

Corredor Verde na Avenida Antônio Carlos

Outra ação anunciada é que, no início do período chuvoso, a PBH vai implantar na avenida Antônio Carlos um “corredor verde”. Trata-se da inserção de elementos lineares na paisagem urbana, para unir áreas naturais de uma cidade através de uma faixa ou corredor caracterizado por uma vegetação mais abundante. No corredor verde da avenida Antônio Carlos serão plantadas cerca de 1 mil árvores.

Miniflorestas urbanas em Belo Horizonte

Até o final deste ano, a PBH vai implantar também 11 miniflorestas na cidade. São florestas nativas em áreas reduzidas, com plantios mais adensados, com o objetivo de criar ilhas de biodiversidade em áreas pouco vegetadas, além de novos espaços de resfriamento.

Atualmente, Belo Horizonte conta com 16 sistemas nesse formato, em áreas que antes eram degradadas e utilizadas como “bota-fora” – terrenos onde a população descarta resíduos sólidos, sucata, entre outros materiais. A primeira minifloresta das 11 de 2024 foi plantada no final de agosto, no bairro São Cristóvão.

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