Pequenos negócios impulsionam Mercado Livre de Energia com alta de 25% na contratação

O Mercado Livre de Energia Elétrica, conhecido oficialmente como Ambiente de Contratação Livre (ACL), registrou a adesão de mais de 12,8 mil novos consumidores este ano, sendo a maioria composta por micro e pequenas empresas. Esse aumento representa um crescimento de 25% em comparação ao ano anterior. Até o final de julho, o setor contabilizou 51.389 unidades consumidoras em todo o País.
Esse crescimento é resultado da abertura do mercado, implementada no início do ano por meio da Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia, que permitiu que consumidores de alta tensão, ou com carga superior a 2,3 kW (e despesas superiores a R$ 10 mil), pudessem escolher de qual fornecedor desejam comprar energia.
Atualmente, cerca de 160 mil empresas de diferentes portes estão aptas a migrar para o mercado livre de energia. Segundo a entidade responsável, a economia nos novos contratos de compra pode chegar a 35%.
Uma pesquisa do Sebrae identificou que as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários ao considerar essa transição são a falta de conhecimento ou confiança na tecnologia (31%), e a necessidade de um alto investimento inicial (28%). O estudo também revelou que 55% dos pequenos negócios gastam, em média, até R$ 500 por mês com a conta de energia.
Sebrae oferece orientações sobre o Mercado Livre de Energia
Para apoiar as pequenas empresas nessa transição, o Sebrae, por exemplo, oferece gratuitamente orientações para os empresários interessados em conhecer o Mercado Livre de Energia e outras soluções energéticas disponíveis no país. Entre os serviços oferecidos está a consultoria que ajuda os empresários a entender melhor a sua conta de luz e avaliar a gestão energética do seu negócio.
A analista de Competitividade do Sebrae Nacional, Carolina Moraes, destaca que a gestão eficiente da energia nos pequenos negócios pode reduzir custos, aumentar a competitividade e contribuir para a mitigação dos impactos ambientais.
“Todos saem ganhando: o empresário, que reduz seus custos e aumenta a produtividade, e o planeta, que sofre menos com a emissão de CO². A sustentabilidade e o crescimento empresarial estão diretamente ligados a escolhas conscientes”, afirma Carolina Moraes.
Como fazer a migração para este tipo de energia?
Para consumidores com carga individual inferior a 500 kW, é necessário ser representado por um agente varejista, que facilita a compra de energia, gerencia o uso e intermedeia a relação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Atualmente, há mais de 100 comercializadoras varejistas atuando no mercado.
(Com informações da Agência Sebrae de Notícias)
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