Política de agricultura leva Belo Horizonte à final de premiação internacional

Os esforços para desenvolver a sustentabilidade em Belo Horizonte deram frutos e a capital mineira se tornou finalista do prêmio World Green City Awards 2024, evento que reconhece estratégias naturais e inovadoras que possam solucionar os problemas enfrentados nas grandes cidades.
O evento de premiação e certificação para as principais cidades finalistas ocorrerá em setembro, em Utrecht, na Holanda e o município concorre na categoria “Viver Verde para Coesão Social e Comunidades Inclusivas”, reconhecida pela Associação Internacional de Produtores de Horticultura (International Association of Horticultural Producers – AIHP), com uma iniciativa de auxílio para a agricultura local e agroecologia da cidade, com foco no cultivo de alimentos mais saudáveis.
Trata-se da Política de Agricultura Urbana e Agroecologia, vinculada à Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que incentiva a criação de hortas comunitárias, agroflorestas urbanas e aplicação de técnicas sustentáveis na cidade, ao mesmo tempo, em que, desenvolve a segurança alimentar, preservação ambiental e inclusão das pessoas.
Para se ter uma ideia, entre 2016 e 2020, o orçamento destinado à iniciativa cresceu de R$ 60,06 milhões para R$ 82,6 milhões. Em 2019, a cidade contava com 41 Unidades de Produção Coletiva Comunitária e, até hoje, esse número cresceu para 58 Unidades. Além disso, existem mais de 250 Unidades de Produção Institucionais, que funcionam em equipamentos públicos como escolas, centros de saúde, etc., enquanto em 2019 existiam cerca de 127 Unidades.
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O diretor de Relações Internacionais de Belo Horizonte, Bernardo Ribeiro, reforça que a classificação para o prêmio “destaca internacionalmente a cidade e os esforços em promover espaços verdes e natureza em seu ambiente urbano, aumentando a visibilidade da cidade como líder em sustentabilidade urbana, atraindo investimentos, parcerias, reconhecimento global, mas principalmente melhoria na qualidade de vida das pessoas”.
A política inclui mais de 100 mil metros quadrados distribuídos em 58 unidades produtivas. Cerca de 400 agricultores urbanos atuam na produção de alimentos para uso e comercialização em 26 pontos escolhidos, como estufas destinadas às mudas, o Banco de Sementes Crioulas e o Centro de Agroecologia e Educação Ambiental de Resíduos Orgânicos.
“As políticas de agricultura urbana e agroecologia são um recurso alternativo relevante para o fornecimento de alimentos frescos e saudáveis, ao mesmo tempo que promovem a inclusão social, fortalecem a economia local e reduzem o impacto ambiental da produção de alimentos”, explica a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da Prefeitura, Darklane Rodrigues.
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