Copasa Hub tem envio recorde de propostas para desafios na área de saneamento

Com o fim do período de inscrições no último dia 30, o Copasa Hub contabilizou 53 propostas de soluções para desafios na área de saneamento, que vão desde o tratamento de esgoto até melhorias dos processos de fiscalização de obras. Este foi o processo licitatório da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) que recebeu o maior número de interessados em apresentar soluções para os desafios apresentados.

Através do Copasa Hub, a companhia visa selecionar as propostas com maior potencial para superação dos desafios da empresa estabelecidos no edital, que tratam de temas como tratamento de esgotos em pequenas localidades, monitoramento e logística direta e reversa de hidrômetros e melhorias dos processos de fiscalização de obras.

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A gerente da Unidade de Serviço de Desenvolvimento Tecnológico da Copasa, Karoline Tenório, destacou que a participação das empresas superou todas as expectativas e, o processo como um todo, tem contribuído para promover conexões entre o setor público e o mercado.

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“Estamos muito satisfeitos com o balanço deste primeiro ciclo de inovação aberta, o que nos deixa motivados para continuar com essa perspectiva. O Copasa Hub teve esse primeiro ciclo inaugural e se tornará um programa perene na Copasa”, projetou a gerente.

Ainda segundo ela, o montante de R$ 9,6 milhões é o valor máximo considerando a previsão de contratação de mais de uma solução por desafio. “Essa métrica está mantida independentemente das propostas recebidas. Além disso, esse valor representa um compromisso significativo da Copasa em investir em inovação e buscar soluções que possam trazer melhorias substanciais para a companhia e seus clientes”, considerou.

De acordo com a Copasa, esta é a primeira vez que a companhia utilizou o chamado Contrato Público de Solução Inovadora (CPSI), modalidade especial de licitação, viabilizada pela Lei Complementar 182 de 2021, que instituiu o novo marco legal das startups e do empreendedorismo inovador.

“Muitas necessidades da empresa, melhorias de processos, ações para atingimento às metas do Marco Legal do Saneamento e atendimento ao cliente podem dispor de diferentes alternativas, e conhecê-las a partir do contato com empresas e soluções disruptivas a partir do lançamento de desafios abre o campo de visão para as tratativas”, pontuou Karoline Tenório.

Ela ressaltou ainda que a Copasa pode se beneficiar da inovação aberta ao aproveitar o conhecimento externo para resolver desafios internos, buscando soluções criativas e eficientes no mercado.

“Por meio de parcerias com startups, empresas inovadoras e até mesmo a comunidade científica, a empresa pode acelerar a implementação de novas tecnologias e processos, melhorando a qualidade dos serviços e otimizando recursos. A inovação aberta também permite o desenvolvimento de soluções customizadas para as necessidades do setor de saneamento, além de reduzir o tempo de resposta às demandas e aumentar a competitividade”, enumerou a gerente.

Como funciona o processo de seleção das propostas

As ideias que forem melhores classificadas podem ser aptas ao CPSI, a ser celebrado entre os participantes e a Copasa. Esses contratos poderão ter vigência de 12 meses, prorrogável por igual período, para que sejam feitos testes e validações dessas soluções em ambiente real.

O julgamento das propostas inscritas será feito em duas etapas, que contará com a fase preliminar e o Pitch Day. Participam do Pitch Day (momento em que as empresas terão que fazer uma apresentação oral para “vender” as ideias) as cinco propostas mais bem avaliadas na primeira etapa. Esta segunda etapa de julgamento está prevista para outubro, durante a Semana da Inovação.

Cada um dos cinco desafios estabelecidos no edital conta com uma equipe para julgamento das propostas, composta por colaboradores da Copasa, especialistas no assunto e da área de processo do respectivo desafio, empregados da unidade de inovação, além de participantes externos (professores de instituições públicas de ensino superior e avaliadores da maturidade tecnológica da solução).

“Os itens da proposta, como nível de prontidão ou maturidade tecnológica e descritivo/demonstração da solução, são objeto de julgamento por esta equipe e, conforme os critérios previstos no anexo do edital, há pesos diferentes para cada um deles”, explicou Karoline Tenório.

Os critérios para julgamento do Copasa Hub consideram:

• o grau de desenvolvimento da solução proposta;
• o potencial de resolução do problema pela solução proposta;
• a viabilidade econômica da proposta, considerados os recursos financeiros disponíveis para a celebração dos contratos;
• e a capacidade técnica da equipe.

O resultado da fase preliminar do julgamento do Copasa Hub está previsto para o dia 25 de setembro. A divulgação ocorrerá no portal de compras da Copasa e no site da própria iniciativa.

De acordo com a gerente, a expectativa é iniciar 2025 com os contratos celebrados e a partir do início da implementação os serviços contratados já poderão gerar impactos positivos para o consumidor.

“Caso o período de teste atinja os critérios de sucesso definidos em contrato e edital, será realizado o contrato de fornecimento por um período de 24 meses. Esse processo garante que as soluções inovadoras sejam testadas e avaliadas de forma rigorosa antes de serem implementadas em larga escala, assegurando que apenas as melhores ideias sejam transformadas em ações ou serviços para o consumidor”, afirmou.

(Com informações da Agência Minas)