Halloween: os ‘feitiços digitais’ que ameaçam a segurança on-line
No clima do Halloween, especialistas em cibersegurança alertam que os chamados “feitiços digitais” estão mais ativos do que nunca. Com o avanço da inteligência artificial (IA), os golpes aplicados por criminosos virtuais se tornaram mais sofisticados e difíceis de identificar. O objetivo é sempre o mesmo: roubar informações pessoais e financeiras de usuários desatentos.
Um levantamento realizado pela Kaspersky mostra que 66% dos brasileiros afirmam não saber o que é um deepfake e 71% dizem que não saberiam reconhecê-lo. Essa falta de conhecimento ajuda a explicar por que tantos usuários ainda caem em armadilhas digitais, como mensagens falsas, aplicativos com permissões indevidas e códigos QR adulterados.
Veja quais são os principais golpes que circulam no ambiente digital
O feitiço do clique irresistível
Mensagens com prêmios, avisos urgentes do banco ou promoções imperdíveis continuam sendo as armadilhas mais comuns. Os golpistas exploram emoções como curiosidade e medo para levar o usuário a clicar em links maliciosos.
Esse tipo de golpe, conhecido como phishing, evoluiu com a ajuda da IA. Hoje, os criminosos produzem mensagens com aparência profissional, sem erros de escrita e com dados personalizados, o que aumenta a credibilidade da fraude.
Por trás da máscara
Os deepfakes – vídeos, áudios ou imagens gerados por inteligência artificial – são usados para criar imitações quase perfeitas de pessoas reais. Criminosos têm utilizado essa tecnologia para enganar vítimas, se passando por executivos, figuras públicas ou familiares.
Essas falsificações podem ser usadas para autorizar transferências, divulgar informações falsas ou aplicar golpes financeiros. A dificuldade de identificar um deepfake torna o problema ainda mais preocupante.
A poção das licenças falsas
Muitos usuários concedem permissões a aplicativos sem ler com atenção. Essa prática pode permitir que o app acesse a câmera, o microfone, a localização e até a lista de contatos do usuário.
Os criminosos aproveitam essa vulnerabilidade para desenvolver ou modificar aplicativos com o objetivo de coletar e vender informações pessoais, além de facilitar ataques direcionados.
O feitiço do QR encantado
O uso de códigos QR se tornou comum em pagamentos, cardápios e serviços. No entanto, criminosos têm criado versões falsas desses códigos para direcionar o usuário a sites fraudulentos que coletam dados bancários.
Antes de abrir um link, é importante verificar o endereço exibido na tela e evitar inserir informações pessoais em páginas suspeitas.
Como se proteger
De acordo com a Kaspersky, a segurança digital depende tanto da tecnologia quanto da atenção do usuário.
Confira algumas práticas básicas que ajudam a reduzir os riscos:
- Verifique a origem de e-mails e mensagens antes de clicar em links.
- Confirme a veracidade de vídeos, áudios e notícias em fontes confiáveis.
- Revise as permissões concedidas aos aplicativos e apague os que não usa mais.
- Observe o endereço de sites abertos por códigos QR.
- Utilize ferramentas de segurança digital confiáveis e mantenha o dispositivo atualizado.
Os ataques virtuais estão cada vez mais sofisticados, mas a prevenção ainda é o método mais eficaz. Manter atenção, desconfiar de ofertas tentadoras e adotar hábitos seguros são atitudes fundamentais para evitar cair em armadilhas digitais.
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