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Proteção contra crimes digitais: entenda como como funciona o seguro cibernético

Aumento dos golpes digitais tem atormentado as organizações no Brasil
Proteção contra crimes digitais: entenda como como funciona o seguro cibernético
Foto: Reprodução Adobe Stock

Com o aumento da digitalização dos negócios, também tem crescido o número de golpes cibernéticos. Conforme a pesquisa da Grant Thornton e da Opice Blum Advogados, 79% das empresas se sentem mais expostas a ataques no ambiente digital. O estudo também mostra que 66,5% apontaram a cibersegurança entre os cinco maiores riscos corporativos. Em contrapartida, apenas 25% dos entrevistados afirmaram ter um seguro cibernético.

Os golpes digitais não escolhem tamanho, setor ou regime tributário. Empresas do Simples Nacional, do Lucro Presumido e do Lucro Real estão igualmente expostas. Qualquer organização que utilize sistemas digitais para transações fiscais, financeiras ou administrativas pode ser alvo”, afirmou o diretor-executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos.

Entre as vulnerabilidades mais citadas estão phishing (fraude online na qual criminosos se passam por entidades confiáveis para enganar pessoas e obter informações pessoais e financeiras confidenciais), lembrando por 69%, e ransomware (software mal-intencionado que criminosos cibernéticos usam para bloquear o acesso, destruir ou publicar dados críticos de uma vítima, a menos que um resgate seja pago), com 67%.

A importância de se ter um seguro cibernético

Além de investir em boas práticas de segurança, tecnologias que irão amplificar a proteção e capacitar os colaboradores com treinamentos constantes, ter um seguro cibernético pode ser decisivo para a recuperação financeira e a continuidade das operações. Uma vez vítima de um golpe digital, essa pode ser a garantia para minimizar os danos financeiros e de reputação da organização, por exemplo.

“As apólices podem incluir coberturas essenciais, como proteção contra restituições indevidas e custos relacionados à investigação de fraudes”, explica a especialista em seguros Cristina Camillo.

Antes da contratação, no entanto, é preciso ter bastante atenção quanto à sua cobertura. O seguro deve incluir riscos de engenharia social, fraudes fiscais e recuperação de dados, além de incidentes de ransomware. Dessa forma, é possível evitar uma falsa expectativa sobre a cobertura, já que algumas apólices excluem fraudes baseadas em credenciais comprometidas ou engenharia social.

“Vivemos em um cenário em que a digitalização trouxe grandes oportunidades, mas também desafios inéditos. Nenhuma empresa está imune. A proteção exige um conjunto integrado de tecnologia, treinamento e monitoramento contínuo. Aquelas que negligenciam a segurança digital não apenas colocam seu patrimônio em risco, mas também a própria continuidade do negócio”, conclui Richard Domingos.

Colaborador

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