Inatel aposta em 6G, cibersegurança e inteligência artificial para impulsionar inovação

O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais, intensifica seus esforços em 6G, cibersegurança e inteligência artificial. Para 2026, as três frentes serão as principais apostas da instituição, reforçando o papel de protagonista na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias.

De acordo com o gerente de negócios do Inatel, Sandro Azevedo, o instituto seguirá no próximo ano com forte atuação em redes de comunicações móveis, por meio do centro de competência Embrapii Inatel. As pesquisas na área envolvem tanto o aprimoramento da rede mobile 5G, quanto o desenvolvimento do 6G, que deve chegar ao grande público em alguns anos.

Segundo ele, ainda não há um prazo definido para a regulamentação da tecnologia, mas o Inatel tem atuado fortemente em pesquisas básicas e em articulações com universidades e instituições dentro e fora do Brasil para provocar essa discussão.

“O Brasil tem particularidades como a dimensão territorial, que precisam ser consideradas na formulação das regras. Nosso centro de competência busca justamente reduzir o gap tecnológico entre o Brasil e outras nações para que a adoção aqui aconteça ao mesmo tempo ou com o menor atraso possível”, afirma.

A nova tecnologia não trará apenas maior velocidade, mas uma nova dimensão de conectividade. A expectativa é que o 6G proporcione novas experiências aos usuários, hoje visualizadas apenas na ficção.

“Imagine controlar uma máquina remotamente e sentir a vibração, a textura ou até o cheiro do ambiente”, revela.

Outra área de destaque é a cibersegurança, um tema cada vez mais estratégico para as empresas que deve se consolidar fortemente no próximo ano. No Inatel, o foco na área é em laboratório para formação de talentos e apoio às empresas locais com foco na proteção dos negócios.

Já na inteligência artificial, o centro de ensino inaugurou recentemente um computador de alta performance, que permitirá acelerar o desenvolvimento de soluções em nuvem.

“Agora podemos desenvolver qualquer tipo de software ou aplicação voltada à melhoria de processos e à criação de produtos inovadores, além das soluções em conectividade e Internet das Coisas (iOT) que já faziam parte do nosso portfólio”, detalha Azevedo.

Além das pesquisas, o Inatel também se empenha em fortalecer o ecossistema de inovação de Santa Rita do Sapucaí. O apoio de instituições como a Fapemig e a própria Embrapii tem sido decisivos.

“Os incentivos são fundamentais para que as empresas da região possam desenvolver novas soluções e processos inovadores. Santa Rita tem um ambiente fértil, com universidades, startups e empresas tecnológicas, e a ideia é que esse parque continue crescendo e gerando impacto econômico e social”, conclui Azevedo.

O repórter viajou a convite do Sebrae