Neo Ventures lança hub de inovação voltado para a indústria de alimentos e bebidas

A mineira Neo Ventures está lançando um espaço de inovação aberta voltada para a indústria de alimentos e bebidas chamado Alimmente Hub. O projeto tem como objetivo conectar grandes empresas do setor e startups para o desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras para o futuro do segmento alimentício.
Essa iniciativa busca alcançar toda a cadeia do setor, incluindo produtores rurais, indústrias, distribuidores, redes varejistas e também foodservice.
O Alimmente Hub foi lançado oficialmente nesta quinta-feira (21) em um jantar realizado no Instituto Ivo Faria, no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Durante o evento, foram servidos pratos, preparados pelo Chef Ivo Faria, com ingredientes fornecidos pelas indústrias envolvidas no projeto.
Confira as empresas que apoiam o novo hub de inovação
- Plena Alimentos;
- Avivar Alimentos;
- Sucos Tial;
- Duas Rodas.
A iniciativa promete proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento de novas ideias, tecnologias e processos que visam à melhoria da sustentabilidade e acessibilidade no setor alimentício.
O conteúdo continua após o "Você pode gostar".
O Alimmente Hub também oferecerá um programa personalizado que facilita a resolução de desafios específicos dos associados, com suporte em todo o processo de desenvolvimento.
O diretor técnico da Neo Ventures, Vinícius Roman, explica que um hub de inovação tem como meta identificar desafios enfrentados por algumas empresas e oferecer meios para solucionar essa dor.
“Nosso papel é, a partir dessa definição de desafios, encontrar as melhores soluções, seja desenvolvendo um projeto junto com uma startups, universidades e empresas, com parceiros da cadeia ou os próprios mantenedores que estão no hub”, pontua.
Dessa forma, para Roman, o grande papel do Alimmente Hub é ajudar as empresas a inovar, se tornar ainda mais competitivas e continuar sendo relevantes por meio de parcerias e colaborações.

Na visão do diretor, a inovação é um fator de competitividade para empresas de qualquer segmento. Ele destaca que o mercado está sempre se atualizando, de forma cada vez mais ágil, quanto a tecnologia adotada. “E isso pode acontecer onde nós menos esperamos”, completa.
O executivo ressalta que o Alimmente Hub pode atuar como um instrumento de apoio às empresas tanto no desenvolvimento de uma nova forma de pensar a respeito da inovação quanto na criação de uma nova maneira de capturar as oportunidades.
“O que importa no contexto e na dinâmica de mercado é a nossa capacidade de adaptar frente às mudanças que estão chegando de uma forma cada vez mais veloz e com certeza. Quem não se adaptar e não se reinventar já está fadado ao fracasso dentro de alguns anos”, salienta.
Expansão do Alimmente Hub
Roman destaca que o Alimmente Hub começa com quatro empresas da indústria alimentícia, cujos gestores acreditaram no projeto antes mesmo dele ser lançado. No entanto, ele garante que a Neo Ventures tem planos de expandir o número de empresas clientes.
“Nós enxergamos um potencial muito grande para o Alimmente, uma vez que o setor de alimentos e bebidas conta com um universo muito grande de empresas que fazem parte do nosso público-alvo”, diz.
O diretor técnico ressalta que as médias e grandes corporações deverão ser as principais clientes do hub. Isso porque esse grupo tem buscado se transformar e reinventar por meio da inovação. “Elas irão encontrar no Alimmente um importante instrumento para facilitar esse processo”, garante.
Ele ainda ressalta que o mais importante, nesse caso, é que as empresas tenham a predisposição para investir em inovação, sabendo que haverá frutos tanto no futuro quanto no presente. “Mas saber também que existe um investimento com risco e possibilidade de retorno maior no médio e longo prazo”, completa.
Empresas parceiras
O projeto do Alimmente Hub conta com quatro parceiras da indústria de alimentos e bebidas (Plena Alimentos, Avivar, Tial e Duas Rodas). Essas marcas estão como co-fundadoras e as primeiras empresas a integrarem este novo ecossistema de inovação.
O gerente de inteligência industrial da Plena Alimentos, Marcos Vinicius Maia, avalia que o ramo de alimentação necessita de uma iniciativa deste tipo, já que o setor tende a ser mais um mercado mais fechado quanto à inovação.
“Eu entendo que esse mercado precisa se abrir e nós precisamos conversar e dividir boas práticas e o hub vai ajudar muito nisso, não só para ter acesso às startups, mas também para acessar um ao outro para realizar a troca de ideias”, afirma.
Já o CEO da Avivar Alimentos, Antônio Carlos Costa, ressalta a crença da marca na inovação como um caminho para o crescimento e para agregação de valor para as empresas. Ele ressalta que é preciso seguir atento a tudo que envolve tecnologia e inovação e evitar fazer sempre as mesmas coisas todos os dias.
“O hub será um ambiente ideal para nós discutirmos algumas questões, fazer muitas trocas de experiências. Além disso, eu acredito que nós estamos plantando uma semente”, declara.
Costa também avalia que o diálogo e a troca de informações pode se tornar algo cada vez mais agregador e declara que espera que muitas outras empresas possam ingressar neste novo espaço futuramente.
O gerente de inovação da Duas Rodas, Marcus Freitas, destacou que a troca de conhecimento faz parte da cultura da empresa desde a fundação. Segundo ele, o Alimmente Hub poderá contribuir para melhorar o posicionamento da marca no mercado de alimentos. “Nós gostaríamos de ser parceiros, não só dos nossos clientes, mas também desse hub”, completa.
O head de estratégias e inovação da Tial, Francisco Mazzingny, também apontou para a relação entre as origens da empresa, fundada na Universidade Federal de Viçosa (UFV), e o novo projeto voltado para a inovação. “A inovação é algo que pulsa dentro da empresa de uma forma muito natural”, disse.
Ele também explica que apesar de muitos fazerem uma ligação direta entre inovação e tecnologia, é preciso reconhecer que o fator mais importante neste assunto são as pessoas. “Inovação não tem haver com tecnologia, mas sim com pessoas”, pontua.
Mazzingny destaca que a empresa já faz parte de outros hubs voltados para inovação e ressalta que um dos pontos mais importantes a serem levados em consideração no momento de avaliar uma iniciativa como esta é a geração de valor para as empresas.
Ele aponta para a necessidade de medir um hub por projetos, além de quanto foi gerado de receita e quantos novos produtos surgiram a partir desta iniciativa. “A expectativa para o hub é muito mais do que conexão, pois nós estamos aqui para fazer negócios”, ressalta.
Ouça a rádio de Minas