Especialista aponta 10 profissões que poderão ser eliminadas pela inteligência artificial; veja lista

Que o avanço da inteligência artificial (IA) vem revolucionando o mercado de trabalho, é inquestionável e, diante deste cenário, acredita-se que esta revolução está apenas começando a impactar em profissões outrora muito demandadas. A IA, que era vista como uma aliada no aumento da produtividade, agora assume tarefas inteiras de forma autônoma, transformando carreiras, antes consideradas seguras, em profissões obsoletas.

De acordo com o investidor de tecnologia e CEO de startups Faustino da Rosa Junior, o impacto da IA em muitas dessas profissões será “inevitável e acelerado”. Para ele, estamos entrando em uma nova era, na qual as máquinas assumem trabalhos de forma não apenas eficiente, mas em uma escala em que o ser humano não pode competir.

“Isso significa que, em vez de depender de profissionais para determinadas profissões, as empresas preferem investir em tecnologias, como a IA, que trabalham 24 horas por dia, com poucos ou nenhum erro”, considerou o CEO.

O executivo também destacou que a IA já está sendo amplamente adotada em diversos setores, e as mudanças no mercado de trabalho devem afetar principalmente funções repetitivas e previsíveis de certas profissões. “A tecnologia está tomando conta das tarefas mais repetitivas e, quem não se atualizar ou adaptar rapidamente, será ultrapassado por essa revolução digital”, alertou.

Confira as dez profissões impactadas pelo uso da IA, com a análise do especialista:

1- Atendentes de call center – A crescente popularização dos chatbots e assistentes virtuais está impactando diretamente no atendimento ao cliente. Muitas empresas vêm adotando IA para responder a perguntas frequentes e solucionar problemas básicos, reduzindo drasticamente a necessidade de operadores humanos.

“Muitas companhias estão migrando para sistemas automatizados que atendem 24 horas, dispensando o trabalho humano”.

2 – Redatores de conteúdo – Com a chegada de softwares de IA generativa, que conseguem redigir textos de forma coerente, a profissão de redator de conteúdo está mudando drasticamente.

“O que antes demandava equipes inteiras, agora é feito por algoritmos, e os redatores precisam cada vez mais focar em curadoria e revisão do conteúdo gerado automaticamente”.

3 – Analistas financeiros assistentes – O uso de softwares avançados para análise financeira e trading automatizado está diminuindo a necessidade de analistas assistentes.

“Os sistemas fazem cálculos complexos e tomam decisões em frações de segundo. O mercado financeiro está preferindo especialistas em dados e tecnologia para comandar essas IAs”.

4 – Motoristas de entrega – Empresas estão testando drones e veículos autônomos, que prometem substituir os motoristas de entrega em grande escala.

“Estamos a alguns passos de uma era onde transporte autônomo será o padrão, especialmente para entregas. Em países como China, Japão e Estônia já é realidade e será questão de tempo chegar ao Brasil”.

5 – Caixas de supermercado – A popularidade de tecnologias de self-checkout e lojas automatizadas, onde o consumidor não precisa passar pelo caixa, é uma tendência cada vez maior no País.

“Grandes redes de supermercados estão apostando em lojas totalmente automatizadas, onde o cliente entra, escolhe e paga sem qualquer interação humana”.

6 – Auxiliares administrativos – Tarefas administrativas, como agendamento, arquivamento e envio de documentos, são agora facilmente executadas por softwares de gestão.

“O custo-benefício de automatizar essas tarefas é muito atrativo para as empresas”.

7 – Consultores de viagem – Sites e aplicativos de viagem vêm assumindo o trabalho de consultores, oferecendo planejamento completo das viagens sem intervenção humana.

“Plataformas digitais agora oferecem soluções instantâneas e personalizadas, eliminando a necessidade de consultores humanos”.

8 – Operadores de máquinas em fábricas – A tecnologia aplicada nas fábricas inteligentes e autônomas está diminuindo a demanda por operadores de máquinas.

“Em algumas indústrias, o processo de produção já é quase inteiramente automatizado”.

9 – Profissionais de telemarketing – Softwares de IA que conduzem chamadas e conversas automatizadas estão eliminando o setor de telemarketing.

“A IA é muito mais eficiente e já consegue realizar vendas simples sem a necessidade de intervenção humana”.

10 – Corretores de imóveis de baixa complexidade – Plataformas digitais facilitam a busca, compra e aluguel de imóveis, diminuindo a necessidade de corretores humanos.

“Os corretores que se especializaram e agregam valor continuam relevantes, mas aqueles que atuam apenas em transações básicas estão perdendo espaço”.

O executivo também destacou que o impacto da IA vai além da simples substituição de profissionais. Segundo ele, a IA não é só mais rápida e eficiente, também oferece insights que antes exigiriam um time inteiro de analistas, além de uma capacidade de aprendizado constante.

“O que antes levava meses para ser desenvolvido, agora pode ser resolvido em dias ou até horas, dependendo do tipo de tecnologia aplicada. Isso está transformando o mercado e até redefinindo o significado de ‘ser produtivo’ no trabalho”.

Consequências da IA no mercado de trabalho

Apesar da utilização da IA ter um lado promissor para as empresas, essa tendência levanta preocupações sobre a extinção de várias profissões. De acordo com o CEO, a inteligência artificial tem o potencial de causar uma interrupção massiva do curso normal de um processo que demandaria um bom tempo até que certas profissões fossem ‘desaparecendo’.

“Muitas funções estão sendo eliminadas ou remodeladas para que apenas uma pequena parcela de humanos seja necessária. Isso significa que, além de uma mudança nas contratações, teremos uma transformação completa nas habilidades exigidas de cada profissional”, avaliou ele.

Faustino da Rosa Junior acredita que as profissões que não exigem criatividade ou habilidades técnicas específicas estão especialmente ameaçadas. “Se você está em uma função que é previsível e pode ser roteirizada, sua posição está em risco. Mas isso também é um alerta para que os profissionais busquem se reinventar e investir em habilidades que as máquinas ainda não podem dominar, como o pensamento crítico e a criatividade”, destacou.

O CEO apontou que a lição é clara: o mercado de trabalho está mudando, e os profissionais precisam se preparar para essa nova realidade com a IA. Mesmo que a transformação seja assustadora, também é uma oportunidade para aqueles dispostos a investir em habilidades que as máquinas não conseguem replicar.

Na avaliação do executivo, o momento não pode ser visto apenas como uma ameaça, mas como um convite para que os profissionais repensem suas carreiras e abracem a inovação. Afinal, a IA veio para ficar, e cabe a cada um encontrar maneiras de se destacar e sobreviver em um mercado de trabalho cada vez mais dominado pela tecnologia.