Saiba como proteger sua biometria de golpistas digitais

Em tempos de correria e muitas informações em nosso dia a dia, o uso da biometria tem se tornado cada vez mais comum. Segundo levantamento da NordVPN, 82% dos brasileiros utilizam algum tipo de tecnologia biométrica. Destaque para a geração dos Millennials, com 86% do público adeptos da ferramenta.
“Escaneamentos de íris e impressões digitais eliminam a necessidade de senhas, permitindo acesso a redes sociais e aplicativos bancários com um simples toque ou olhar”, explicou o diretor de tecnologia da NordVPN, Marijus Briedis.
A praticidade, no entanto, também está chamando a atenção de golpistas. “Dados biométricos, como impressões digitais, escaneamentos de íris e padrões de reconhecimento facial são um reflexo digital de nossa identidade única e são usados para desbloquear tudo, desde nossos serviços bancários móveis até o Apple Pay e o Google Pay”, acrescenta. Diferentemente de uma senha, se sua biometria for comprometida, não há como redefini-la. Se forem roubados, o dano é irreversível.
Segundo o CTIR Gov, o Brasil registrou mais de 4 mil vazamentos de dados em 2024, frente aos 906 casos de 2023. Muitos desses vazamentos incluem dados biométricos, como impressões digitais e padrões faciais, que são vendidos no mercado clandestino.
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Como proteger seus dados biométricos
Diante disso, o especialista da NordVPN lista dicas para ajudar os usuários a se tornarem menos vulneráveis aos golpes:
- Cuidado ao compartilhar dados biométricos nas redes sociais: Atenção ao publicar vídeos ou imagens que possam revelar suas características biométricas distintas, como impressões digitais, características faciais ou padrões de íris;
- Atenção à qualidade da mídia e proteja áreas sensíveis: Reduza a resolução de qualquer imagem ou vídeo que mostre você e considere editar ou desfocar quaisquer detalhes biométricos sensíveis antes de compartilhá-los;
- Utilize fatores biométricos menos expostos: Métodos de autenticação menos acessíveis ao público, como escaneamentos de íris ou retina, aumentarão o nível de segurança;
- Realize buscas regulares na web: Pesquise periodicamente sua própria imagem on-line e avalie o contexto em que suas imagens aparecem, com foco principalmente em imagens potencialmente prejudiciais;
- Priorize a autenticação multifator (MFA): Use dados biométricos menos expostos para autenticação de fator único ou, preferencialmente, incorpore a biometria a um sistema de autenticação multifator, para não depender somente de um fator biométrico;
- Faça uso de um dispositivo de autenticação de hardware adicional: Reforce a segurança usando um dispositivo de hardware habilitado para FIDO, que fornece uma camada extra de defesa contra acesso não autorizado por meio de protocolos padronizados;
- Prefira senhas complexas e exclusivas: Em caso de contas menos críticas, use senhas fortes, garantindo que sejam atualizadas regularmente e armazenadas com segurança em um gerenciador de senhas confiável;
- Cuidado com novos serviços e tecnologias: Antes de fornecer dados biométricos para serviços ou tecnologias emergentes, veja se a plataforma é, de fato, confiável.
Colaborador
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