Atividade turística em Minas Gerais volta a crescer em junho

A atividade turística em Minas Gerais crescer em junho após de ter ficado negativa no mês anterior e, com isso, o Estado registrou aumento de 1,6% no volume da atividade, enquanto em maio o recuo foi de 0,6%. Ainda assim, a alta foi menor que a registrada no País, que foi da ordem de 3,4% frente ao recuo nacional de 0,9% de maio.

Minas lidera em 12 meses e é vice-líder nacional no acumulado do ano, conforme apontou a análise dos dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a junho de 2024, realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG).

De acordo com a economista da Fecomércio MG, Gabriela Martins, Minas Gerais tem se tornado uma importante referência no turismo brasileiro, seja pelas belezas naturais, pela agricultura, gastronomia, arquitetura e também a história. “Temos também um turismo de negócios que é muito forte no Estado e não podemos esquecer que em junho há um aumento do fluxo de pessoas devido às festividades juninas e festivais, além do frio característico de algumas partes do Estado que acaba atraindo turistas”, considerou.

A consistência da evolução do turismo mineiro é confirmada pela taxa de crescimento no acumulado deste ano que foi a 9,0% e de 9,1%, quando comparado o desempenho de junho de 2024 e junho de 2023. Enquanto isso, no País, neste mesmo período, houve retração do crescimento do turismo da ordem de 3,9%.

Para a economista, esse cenário de crescimento ainda pode ser ampliado, mas é importante que haja uma maior divulgação de Minas Gerais pelo Brasil e também pelo mundo. “É preciso também melhorar os serviços prestados, seja nos hotéis, bares, restaurantes, entre outros serviços que atendem diretamente às famílias que viajam. Esse processo pode ser melhorado por meio de qualificações profissionais, além de investimentos em um calendário cultural mais diversificado, com mais festivais para que as pessoas tenham mais interesse em visitar o nosso Estado”, considerou.

Em relação a Minas Gerais, que registra expansão na análise desde abril de 2021, o Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG apontou para forte desaceleração quando se compara o volume de atividade turística, de 17,6%, observada entre junho de 2023 e junho de 2022.

Numa terceira frente de análise, a que afere o crescimento da atividade turística nos últimos doze meses, o Estado conseguiu impor um incremento de 11,1%. Nesta abertura, Minas Gerais vem liderando a dinâmica de crescimento do turismo no País. Quando se observa a taxa de crescimento nos últimos seis meses, o Estado fica na segunda posição no Brasil, perdendo apenas para a Bahia. “Esse crescimento pode estar atrelado a diversos fatores, dentre eles há uma maior disponibilidade de renda por parte das famílias, o que faz com que esses agentes possam demandar mais o serviço de turismo”, avaliou Gabriela Martins.

Em junho, Minas Gerais contribuiu com o terceiro maior peso para o turismo brasileiro, 8,12%, atrás de Rio de Janeiro com 12,43% e de São Paulo com a maior participação, de 38,96%. Para a economista da Fecomércio MG, a expectativa “é que a participação do turismo de Minas Gerais aumente no Brasil. O crescimento do turismo traz consigo um maior conhecimento da população sobre o Estado, o que gera maior desenvolvimento e também o maior aprimoramento dos serviços turísticos prestados em Minas”, apontou ela.

Segundo Gabriela Martins, a maior disponibilidade de renda das famílias afeta positivamente na capacidade de gasto das pessoas, o que aumenta a busca por serviços turísticos. Porém, ela adverte que “as altas taxas de juros podem afetar negativamente a atividade turística, visto o alto custo do crédito, o que tira o incentivo da população em gastar sua renda disponível, preferindo assim então fazer uma poupança”, finalizou.