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Azul e Latam iniciam voos compartilhados

Azul e Latam iniciam voos compartilhados
Acordo de codeshare foi anunciado em junho pelas duas companhias aéreas e compreende 64 rotas dentro no Brasil | Crédito: REUTERS/Washington Alves

São Paulo – A Azul anunciou ontem o começo do compartilhamento de voos com a Latam Airlines no Brasil, que prevê codeshare para 64 rotas no País, além de acúmulo de pontos nos programas de fidelidade das duas companhias.

O acordo foi anunciado em junho e ilustra como o setor aéreo está tentando otimizar a estrutura para enfrentar o impacto provocado no setor pela pandemia do Covid-19.

De 35 rotas que estão à venda desde ontem, 23 serão cumpridas pela Azul enquanto 12 terão operação pelas aeronaves da Latam. Até o fim de agosto, as companhias também iniciarão as vendas de outras 29 rotas do acordo, sendo 12 operações da Azul e 17 da Latam.

Neste primeiro momento, o codeshare terá pousos e decolagens nos aeroportos de Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), e Campinas (VCP), chegando, posteriormente, aos aeroportos de Porto Alegre (POA), Curitiba (CWB) e São Paulo – Guarulhos (GRU).

“O início desse acordo vai ajudar nosso setor a oferecer mais opções de voos, horários e destinos a nossos clientes, sendo uma solução importante para recuperarmos com mais agilidade a demanda interna afetada pela pandemia”, disse Abhi Shah, vice-presidente de receitas da Azul.

Acordo – A Azul fechou acordos parta novo perfil de pagamento a seus arrendadores de aeronaves que resultarão em uma economia de capital de giro de R$ 3,2 bilhões do início da crise até o final de 2021, informou a companhia aérea na terça-feira (11).

A empresa disse que os acertos representam mais de 98% do seu passivo de arrendamento e que negociações com os demais arrendadores continuam evoluindo.

A Azul afirmou que o cronograma de pagamento será baseado em uma estimativa conservadora de retomada da demanda.

“Como resultado, a companhia estima pagar R$ 566 milhões em aluguel de aeronaves entre abril e dezembro de 2020, uma redução de 77% comparado com os contratos originais. Os aluguéis mensais menores serão compensadas por valores ligeiramente superiores a partir de 2023, ou pela extensão de certos contratos a taxas de mercado”, detalhou.

Adicionalmente, a Azul afirmou que o seu passivo de arrendamento deverá diminuir R$ 3,4 bilhões entre o final de março e dezembro, totalizando R$ 12,5 bilhões de no final do ano.

“Estes acordos são um passo importante para garantir que sairemos desta crise mais fortes e comprometidos com essas parcerias de longo prazo”, afirmou o vice presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Azul, Alex Malfitani, no comunicado. (Reuters)

JetSmart acelera seu plano de expansão

São Paulo – A companhia aérea de baixo custo JetSmart está acelerando seus planos de expansão para o Peru e, potencialmente, para a Colômbia e o Brasil, disse seu presidente-executivo à Reuters, enquanto as companhias aéreas, em particular na América Latina, estejam reduzindo suas frotas e ambições.

A JetSmart, sediada no Chile, está na posição invejável de ter financiadores de capital privado com caixa robusto durante a pandemia, como a Indigo Partners, que também possui participações na Frontier Airlines, com sede em Denver, e na aérea húngara Wizz Air.

Na expansão para outros mercados domésticos da América do Sul, a JetSmart desafiará diretamente os líderes da região , Latam Airlines e Avianca Holdings, duas companhias que pediram recuperação judicial por causa da crise desencadeada pelo Covid-19.

O presidente-executivo da JetSmart, Estuardo Ortiz, disse que a pandemia deu à companhia aérea um incentivo para acelerar aspectos de sua expansão para implantar seus estreitos aviões Airbus em mercados com mais demanda.

“Já havíamos pensado em voar internamente no Peru, originalmente talvez em 2022, mas antecipamos esse plano”, disse Ortiz. “Agora estamos trabalhando para começar a operar a JetSmart Peru no início de 2021, porque claramente precisamos levar os aviões para onde houver demanda.”

A JetSmart, que tem uma frota de 17 jatos, planejava voar com 100 aviões até 2026, mas pode ter que adiar essa meta por cerca de dois anos, disse Ortiz.

A Avianca deixou o Peru em maio, deixando seus cobiçados slots Lima-Cuzco em disputa. Também demitiu quase 1.000 funcionários, incluindo pilotos.

Como a maioria dos executivos do setor, Ortiz acredita que os voos domésticos serão recuperados mais rapidamente do que as viagens internacionais. Na América Latina, isso significa voar internamente em mais países.

“Se a recuperação for muito lenta para as viagens internacionais, isso significa que temos que acelerar nossos planos para novas operações domésticas”, disse Ortiz. “Há algum tempo observamos a Colômbia e o Brasil de perto.”

A Reuters relatou em junho que a JetSmart havia apresentado ao governo brasileiro um plano para voos domésticos.

A Indigo Partners tem feito apostas otimistas, apesar da crise do coronavírus. Ela tentou sem sucesso comprar a Virgin Australia e manteve pedidos firmes com a Airbus para comprar mais de 400 aviões para suas companhias.

“No início do próximo ano, avaliaremos as tendências e decidiremos se entraremos em outro País”, disse Ortiz. (Reuters)

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