Governador anuncia novo secretário de Estado de Cultura e Turismo

Depois de uma longa quarentena – exatos 45 dias -, foi anunciado o nome do novo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais: o arquiteto e urbanista Leônidas Oliveira.
Fazem parte do seu currículo a presidência da Fundação Municipal de Cultura e da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), além de ter ocupado recentemente os cargos de presidente interino da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) e de diretor-executivo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), ambas autarquias do governo federal. Também já presidiu o Fórum Nacional de Secretários de Cultura.
Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela PUC Minas, mestre em Restauração e Reabilitação do Patrimônio Arquitetônico e Urbano pela Universidade de Alcalá/Gregoriana de Roma, é também doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Valladolid, na Espanha.
Sobre os seus ombros passam a pesar a partir da publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado (DOE) nos próximos dias a missão de recuperar dois dos setores mais severamente atingidos pela crise sanitária e econômica desencadeadas pelo novo coronavírus nos últimos 100 anos: o turismo e a cultura. Historicamente, as pastas que se dedicam especialmente a esses setores – quando existem – recebem os menores orçamentos por parte do Estado.
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A cadeia produtiva do turismo de Minas Gerais já se movimenta reconhecendo a formação técnica do novo secretário e aproveita para cobrar ações urgentes.
“Excelente profissional, mas no momento não precisamos de secretário de cultura e turismo. Precisamos de recursos para salvar as milhares de empresas falidas no Estado e os milhares de desempregados do setor. A cultura e o turismo pedem socorro!”, desabafa o presidente do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHC&VB), Jair Aguiar.
A diretora-presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Degislaine da Silva Souza, mantém o mesmo tom e reclama um olhar especial para o turismo, que necessita de ajuda governamental.
“O turismo necessita de muita ação para que possamos retomar as atividades o mais breve possível. Esperamos que ele seja tratado dentro da pasta como o segmento que poderá colaborar fortemente com a retomada do desenvolvimento econômico no Estado.
O desafio é grande, mas estamos todos unidos para superar as dificuldades e retomar o turismo de uma forma eficiente e segura”, afirma Degislaine Souza.
Para além dos desafios desse momento de crise, o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem de Minas Gerais (Abav-MG), Alexandre Brandão, pontua a necessidade de dar continuidade aos projetos já começados pela gestão de Marcelo Matte, que ficou pouco mais de um ano no cargo.
“É certo que o novo secretário tem qualificação técnica de sobra no turismo e na cultura, mas o importante é dar continuidade aos projetos que estão acontecendo. Um problema na troca de gestores é que quem chega paralisa tudo que estava sendo feito. Espero que esse não seja o caso, que a equipe técnica que está lá seja mantida e que logo retomemos a agenda de reuniões e projetos que tínhamos junto à Secult”, propõe Brandão.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de Minas Gerais (Abih-MG), Guilherme Sanson, também espera por uma gestão que escute os membros da cadeia produtiva.
“É importante ter a nomeação de um novo secretário, ainda mais em um momento como este. É uma grande responsabilidade porque todo o setor está em uma situação muito difícil e que pode se agravar. A expectativa é de que ele ouça todo o trade e tome ciência das dificuldades de cada segmento, inclusive a hotelaria. Espero que ele continue o trabalho feito pelo Marcelo (Matte) e intensifique as ações. Desejo boa sorte e que logo a gente volte ao calendário de reuniões entre a entidade e a secretaria”, completa Sanson.
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