Mesmo na pandemia, Hotel Vivenzo Savassi amplia equipe de colaboradores

Apesar do impacto da pandemia na economia, Minas Gerais encerrou o ano de 2020 com mais admissões (1.598.742) do que demissões (1.566.025), resultando em um saldo positivo de 32.717 vagas de emprego, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A perspectiva para 2021 é que surjam novas oportunidades com a retomada de alguns setores e, segundo o site de vagas InfoJobs, o de serviços está entre os que concentram mais ofertas.
O hotel Vivenzo Savassi, localizado em Belo Horizonte, é um desses exemplos. Considerado o primeiro hotel brasileiro a se adaptar integralmente para a pandemia – a partir do dia 25 de março de 2020 -, com protocolos inéditos de biossegurança, preservou todos os postos de trabalho e recentemente contratou oito novos profissionais.
Seus 75 colaboradores estão com o contrato de trabalho em vigor. Para a pandemia, os gestores adotaram regime de trabalho especial, semelhante ao de embarcação em plataforma de petróleo. Metade da equipe fica em casa e a outra metade confinada no hotel por um período de 30 dias (ou pouco menos para quem necessitar sair antes), com cinco dias de folga. Neste plano, enquanto uma equipe fica em casa, a outra assume o seu posto. Os funcionários recebem remuneração fixa, mais o valor correspondente a 35% do salário e um prêmio de produtividade.
“Os funcionários embarcados, paramentados com máscaras, luvas e botas, ficam em um andar separado dos hóspedes, utilizam um elevador exclusivo – para evitar qualquer contaminação – e sua jornada de trabalho é de 44 horas semanais. Em seus momentos de folga, podem receber a família em um espaço reservado mantendo os cuidados necessários devido ao coronavírus. Caso o colaborador precise sair para um compromisso particular, como uma consulta médica, o Vivenzo providencia um responsável para levá-lo, com o objetivo de manter a sua integridade”, descreve Jailton de Souza, psicólogo e diretor de pessoas e processos do hotel.
Jailton de Souza esclarece que toda a equipe testou negativo para a Covid-19 antes de aderir ao projeto do Protocolo Especial para a Pandemia (PEP) e é retestada sempre que volta a embarcar: “Sistematicamente passam por novos treinamentos e por uma reciclagem do protocolo”, complementa o especialista. Semanalmente, os funcionários passam por consultas com enfermeiros e atendimento psicológico individual.
Portas abertas e contrato de trabalho preservado – De acordo com Frederico Amaral, fundador e CEO da Macna Digital Hotels, rede da qual o Vivenzo Savassi faz parte, logo que a pandemia chegou à Europa a comissão administradora decidiu fazer as adaptações para a nova realidade que estava por vir, entre elas, o confinamento. “Foram selecionados apenas os colaboradores que expressaram o desejo de participar do plano e que não fazem parte de nenhum grupo de risco, considerando seu perfil psicológico”, elucida. Aqueles que não entraram, estão em casa com seu vínculo empregatício mantido, recebendo os direitos previstos em contrato.
O CEO frisa que a cultura organizacional da empresa influenciou na decisão de manter as portas abertas durante a pandemia. “Fechar o hotel temporariamente seria o caminho mais fácil, mas a Macna tem em seu DNA a inovação, o gosto pelo desafio e a busca pela quebra de paradigmas. Somos responsáveis por 75 famílias que dependem dessa renda. Todas as nossas decisões também são pautadas pelo sentimento de pertencimento dos colaboradores”, afirma o empresário.
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