Observatório de Turismo monitora impactos do Covid

Empenhada em acompanhar de perto os impactos da pandemia da Covid-19, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), por meio do Observatório de Turismo de Minas Gerais (OTMG), divulga o “Boletim do Turismo – Impacto do Coronavírus em Minas Gerais”.
A publicação, divulgada quinzenalmente no site do OTMG, reúne dados monitoráveis e de pesquisas espontâneas da cadeia turística no Estado.
Produzido pelo Núcleo de Pesquisa e Estatística da Superintendência de Políticas do Turismo da Secult, o Boletim teve sua primeira edição divulgada em 22 de abril. Nesse levantamento inicial, foram compilados dados sobre a movimentação do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na região metropolitana, com a quantidade de voos confirmados e cancelados durante o período de 7 a 13 de abril, indicativos sobre o setor hoteleiro e de serviços e as expectativas em relação ao fim da pandemia.
De acordo com a subsecretária de Turismo da Secult, Marina Simião, a divulgação do boletim para o público é uma iniciativa fundamental para que toda a cadeia turística do Estado entenda, de forma mais sistematizada, os impactos da pandemia.
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“Todos os indicativos compilados nesse documento funcionam como um termômetro para compreendermos como temos sido afetados pela pandemia. E é por meio do boletim que passamos o atual retrato do setor para os empreendedores do turismo, entidades e demais interessados na área”.
A subsecretária também destaca que a elaboração do boletim tem forte relação com as políticas públicas do Turismo que podem vir a ser adotadas no médio e no longo prazos.
“O monitoramento dos dados é muito importante para a Secult, já que eles vão nos indicar a movimentação da cadeia turística, quais áreas têm sido mais afetadas, as que estão conseguindo manter suas atividades. O entendimento desse cenário vai nos ajudar a elaborar, de forma ainda mais consistente, as políticas públicas necessárias para o Turismo ao longo do tempo”, conclui Marina Simião.
Impacto em números – Dados obtidos por pesquisa realizada pelo Sebrae sobre a atividade econômica do trade turístico durante a segunda quinzena de março também estão reunidos na pesquisa. Os números levantados condensam a atuação dos pequenos negócios durante a pandemia e como a paralisação das atividades impactou na rotina orçamentária das empresas. Outro dado apresentado é a porcentagem de empresários que solicitaram crédito ou precisaram reduzir o quadro de funcionários.
O boletim também aponta para as expectativas dos brasileiros em relação ao período de pós-pandemia. Em pesquisa realizada com visitantes do blog Falando de Viagem, mais da metade dos entrevistados (52,1%), afirmaram o interesse em fazer alguma viagem após o fim do distanciamento social. Já 37,7% dos internautas só vão se sentir seguros em marcar uma nova viagem após dois a quatro meses, mesmo com a normalização das atividades.
Pesquisa realizada pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) indica que 96% dos hotéis pretendem reabrir até julho deste ano. A retomada gradual dos serviços no Estado pode ser reforçada pelo programa Minas Consciente – retomando a economia do jeito certo. A iniciativa, lançada pelo governo de Minas Gerais em 28 de abril, apresenta protocolos sanitários para que os municípios retomem suas atividades econômicas, impactando, também, no turismo.
Comparativos – Já a segunda edição do boletim, publicada na quarta-feira (6), analisa o período de 24 a 29 de abril. O documento traz o índice de isolamento social em Minas Gerais, obtido por meio do aplicativo InLoco, e uma estimativa de voos realizados no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, de acordo com levantamento prévio realizado pelo site Fight Radar.
Outro indicativo é a quantidade de assentos em voos domésticos, dado disponibilizado pela Anac e pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear).
Na primeira edição de maio do boletim também está o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), obtido em pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e que faz um panorama da percepção e das expectativas do empresariado entre os meses de março e abril.
Análise e interpretação – A reunião de todos os dados que constam no boletim é proveniente de um trabalho minucioso de pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Estatística da Secult. Com diversas fontes consultadas, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de sites e blogs especializados em Turismo, os números são cruzados e interpretados de acordo com a demanda de cada segmento analisado.
Essa metodologia permite, por exemplo, que a Secult possa sintetizar o volume enorme de dados que estão sendo gerados nesse período de pandemia. É também por meio dessa coleta sistêmica de informações que são estabelecidos parâmetros de monitoramento. No caso da taxa de ocupação hoteleira, é possível acompanhar a evolução da situação em Minas Gerais, ao se comparar dados vigentes com os meses anteriores e também com o mesmo mês do ano anterior.
Além do “Boletim do Turismo – Impacto do Coronavírus em Minas Gerais”, o OTMG também disponibiliza em seu site outros boletins referentes ao trade turístico do Estado e a cadeia do setor. São dados que esmiúçam atividades ligadas à aviação civil, ao mercado de trabalho, a segmentos específicos do turismo de Minas e aos resultados obtidos por meio da implantação das políticas públicas para o setor. (Da Redação)
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