Setor de hotelaria em Minas Gerais deve crescer 14% ao longo de 2025

O setor de hotelaria em Minas Gerais está passando por um período de reinvestimento, acompanhando uma tendência mundial de crescimento na indústria do turismo. Diante desse cenário, a Associação Mineira da Indústria de Hotéis de Lazer (Amihla) estima um crescimento próximo de 14% ao longo deste ano no Estado.

O presidente da entidade, Alexandre Santos, avalia que o mercado atravessa um momento favorável ao desenvolvimento de novos negócios. No entanto, alerta que essa tendência de alta pode ser comprometida por condições econômicas desfavoráveis ou pelo encerramento do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

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Santos destaca que o País é propício ao turismo em todas as épocas do ano e que Minas é privilegiado pela culinária, cultura e demais riquezas. Com esse patrimônio, o Estado atraiu redes hoteleiras qualificadas, inclusive de diversas bandeiras internacionais.

Para o presidente da Amihla, o setor hoteleiro é capaz de oferecer muitos benefícios para Minas Gerais, principalmente por ser um segmento de baixo impacto ambiental e forte gerador de emprego e renda. “Temos um potencial turístico enorme, mas a indústria do turismo no País nunca superou 6% de participação no PIB. Sabemos que, em países desenvolvidos, o setor pode atingir até 18%”, completa.

De acordo com Santos, o Estado possui diversos destinos com bons resultados no setor de turismo. Entre eles, Belo Horizonte e cidades da Região Metropolitana, que têm se destacado no turismo de negócios. O mercado mineiro também tem registrado o surgimento de novas rotas gastronômicas e culturais.

“Minas Gerais, de forma geral, está crescendo muito, com as pessoas buscando destinos que vão além das tradicionais cidades históricas. Esses novos roteiros têm atraído turistas para regiões ainda pouco divulgadas, mas bem conhecidas”, relata.

Multipropriedade e IA: tendências no setor hoteleiro

Santos explica que o setor hoteleiro, tanto no País quanto no exterior, tem apresentado novos modelos de negócios modernos como tendência para o mercado. Entre as novidades está o modelo de multipropriedade (regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo), além da adoção de novas tecnologias para o atendimento aos turistas.

Segundo ele, a multipropriedade é um modelo em expansão, que movimenta cifras bilionárias em transações anuais. No entanto, esclarece que essa é uma forte tendência para os grandes empreendimentos do setor, não sendo tão viável para hotéis de pequeno e médio porte.

Para esse grupo, o presidente da Amihla destaca que a tendência tem sido a busca por novas tecnologias para a automação das operações. “Nos pequenos empreendimentos, a tendência é a utilização de sistemas com inteligência artificial (IA) para melhorar o atendimento e a conversão de reservas”, diz.