Turismo

Tiradentes vai trocar charretes com tração animal por elétrica

Com investimentos previstos de R$ 3,6 milhões, veículos serão fabricadas em Itajubá e adaptados para a o calçamento da cidade histórica
Tiradentes vai trocar charretes com tração animal por elétrica
Crédito: Divulgação/Prefeitura de Tiradentes

As clássicas charretes, frequentemente usadas no transporte de turistas na cidade de Tiradentes, no Campo das Vertentes, serão modernizadas. Atualmente, os veículos funcionam sob tração animal e serão substituídos por modelos elétricos. A mudança foi celebrada pela população local e diversas entidades, em especial as que atuam em prol da proteção animal e lutaram pela causa. O termo para a oficialização foi assinado em reunião no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em Belo Horizonte.

Segundo o prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa (MDB), as discussões acerca da mudança já aconteciam há pelo menos dois anos e o foco principal era definir o futuro das famílias envolvidas. “Com a ajuda do Ministério Público, tivemos diversas reuniões com as famílias para definir o futuro do trabalho delas até chegarmos na ideia das charretes elétricas”, explica.

A decisão, segundo ele, foi tomada por meio de diálogo e argumentações coletivas entre as famílias das 30 charretes em Tiradentes que poderão optar por continuar com os animais (exceto para uso como meio de transporte) ou entregá-los às entidades de proteção parceiras. Além disso, todos os condutores serão capacitados gratuitamente para obtenção da carteira de motorista ou poderão indicar um familiar, caso não tenham interesse.

Os veículos serão fabricados em Itajubá, no Sul de Minas e adaptados para o calçamento da cidade. Serão 30 unidades com investimentos previstos de R$ 3,6 milhões (R$ 120 mil por unidade). “O futuro é o carro elétrico. Está tudo bem encaminhado e será benéfico para todos”, resume prefeito.

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Seminário do MPMG debate a situação de acumulação de animais

Ainda sob a liderança do MPMG, o combate à acumulação de animais vem ganhando cada vez mais destaque entre as políticas públicas a serem desenvolvidas. “Cães e gatos em áreas urbanas: desafios contemporâneos”, foi tema de um seminário, realizado nesta semana, promovendo diálogo entre estudiosos, protetores e promotores de Justiça.

Segundo argumento da professora de epidemiologia e saúde pública da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Danielle Ferreira de Magalhães Soares, “as pessoas em situação de acumulação (PSAs) são aquelas que criam cães, gatos e outras espécies em locais caóticos, com privação de liberdade e falta de tratamento adequado para os bichos”.

O objetivo do encontro, além da exposição e reflexão sobre o tema, foi destacar que esse acúmulo acarreta, além de sofrimento aos animais, problemas sociais com vizinhos e parentes, atração de pestes e doenças e riscos estruturais aos imóveis onde acontece a situação. 

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